O Comando Geral da Polícia Militar do Ceará lançou por meio do GAVV (Grupo de Apoio às Vítimas de Violência) o programa ‘Guardião da Família’. Uma equipe da Polícia Militar do Ceará através do 10º Batalhão de Iguatu será responsável pelo atendimento qualificado às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. O lançamento ocorreu terça-feira, 04, em solenidade restrita, respeitando o contexto de avanço da pandemia da Covid-19.
A equipe é composta por uma policial militar feminina e quatro policiais militares masculinos, os quais têm formação específica para o atendimento especial às mulheres que sofrem algum tipo de violência, protegidas pela Lei Maria da Penha. “A ação é realizada no sentido de atender às vítimas em suas casas através da filosofia de polícia comunitária, acompanhando os casos, dando apoio e orientações a quem necessitar”, comentou o tenente-coronel Giovani Sobreira, comandante do 10º BPM.
Pandemia X Crime
A crise da pandemia da Covid-19, que trouxe a reboque o isolamento social e a quarentena, tem gerado ociosidade e, como consequência, o consumo excessivo de álcool e outras drogas, que evolui para os conflitos familiares, agressões verbais e físicas, e a violência como saldo.
Classificadas entre os crimes de natureza ‘grave’, as ocorrências de violência doméstica em Iguatu e nas cidades da região têm aumentado. Ao contrário do que se imaginava que com o isolamento social os casos diminuíssem, houve crescimento. A média de casos na cidade é de um por dia. O aumento da escalada de agressões ocorre, não somente na sexta, sábado e domingo, mas durante a semana.
WhatsApp (88) 9.8178-2370
Expandido em Iguatu, a equipe do GAVV inicia suas atividades atendendo os grupos vulneráveis, como crianças, idosos e mulheres. As mulheres podem realizar as denúncias nas delegacias, ligando para o 190, ou por meio do WhatsApp (88) 9.8178 – 2370.
A militar soldado Blenda Machado acredita que o atendimento desenvolvido pelo Grupo de Apoio à Vítima da Violência – GAVV via mudar a vida de inúmeras mulheres que sofrem algum tipo de violência doméstica. “Estamos preparados a orientar, monitorar, acolher a vítima encorajando-a a enfrentar o caso com as ferramentas da Lei n° 11.340/06 (Maria da Penha), além de dar o devido encaminhamento”, afirmou.
Militares do Programa de Resistências às Drogas (PROERD) dão suporte ao núcleo criado. Para o comandante do DPI0-Sul, coronel Clairton, a ação é realizada no sentido de atender às vítimas em suas casas, acompanhando os casos, dando apoio e orientações a quem necessitar. “Os militares do PROERD têm essa facilidade. Muitos conhecem diversas famílias da cidade e região e têm essa entrada facilidade de reconhecer os casos. Esperamos que com o passar do tempo e encorajamento mais casos surjam e subnotificação diminua”, disse.
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