Como se as histórias fossem tiradas de contos ilustrados dos livros e os personagens ganhando vida, cada um com suas características e caracterizações, durante dois dias desta semana, estudantes da escola Modelo, pais, professores e o corpo docente e administrativo puderam se reencontrar com o público no evento ‘Histórias que não foram contadas III”.
Neste ano de 2021, devido à pandemia, o evento envolveu somente os estudantes da Educação Infantil e do Ensino Fundamental I até o 5º ano. O número de pessoas homenageadas também foi reduzido, para evitar aglomerações que elevassem os riscos de contaminação pelo coronavírus.
O professor Elder Costa, um dos articuladores do projeto, explicou que a escola seguiu criteriosamente as determinações do último decreto lançado pelo Governo do Estado, que permite a realização de eventos com até 400 pessoas em locais abertos e 300 em ambiente fechados. “Tivemos o cuidado de respeitar o Decreto, para eliminar qualquer risco, neste ano fizemos com um número menor de alunos, homenageados, mas no ano que vem, passada a pandemia a gente vai retomar o projeto na sua forma original, com todas as séries participando”, ressaltou.
Na quinta-feira, 28, e ontem, 29, aconteceram as exposições com a culminância do projeto pedagógico-cultural, que objetiva resgatar as histórias de personalidades da sociedade iguatuense, das mais diversas áreas profissionais, empresariais, artísticos, culturais e históricos, como forma de homenagear esses cidadãos e cidadãs, narrando fatos, expondo objetos pessoais que lembrem suas trajetórias e até interpretando, de forma representativa, com suas caracterizações; modo de se vestir, falar, caminhar e se portar.
Integração
O projeto ‘Histórias Não Contadas’, um formato novo, que evoluiu da Semana Cultural da Escola, transformou-se numa grande sacada de aprendizado e integração escola-família-sociedade, quando o trabalho de pesquisa, geralmente envolvendo os corpos docente e discente ultrapassagem os muros da escola. Durante vários dias os estudantes e professores, com o suporte do corpo pedagógico, se dedicam a pesquisar, sobre os homenageados, suas histórias de vida, carreira profissional e contribuição para a cidade e o desenvolvimento do município, para interpretar e organizar as exposições em salas de visitação do público convidado. É um trabalho que requer esforço, dedicação e superação. Os estudantes são avaliados pelo desempenho e participação, o que levar a crer que é válida toda a correria que antecede a culminância.
A professora Valéria Damasceno, coordenadora pedagógica da Educação Infantil, avalia que o período é de rico aprendizado para os estudantes, em particular as crianças das séries iniciais. Na visão da professora, é muito importante que mesmo ainda pequeninos esses estudantes comecem a conhecer as histórias dos cidadãos, homens e mulheres que ajudaram e muitos que ainda cooperam para o crescimento de Iguatu. “Eles aprendem, compartilham com a família e nunca esquecerão. É um aprendizado para o resto da vida”, lembrou.
Homenageados
Com atividades divididas por equipes e por séries, o “Histórias que não foram contadas III” revelou as trajetórias de empresários, educadores, profissionais autônomos e artistas da cidade. Foram momentos vividos, lembrados e muito emocionantes, quando os homenageados foram representados por estudantes devidamente caracterizados. O jornalista do A Praça, Wandemberg Belém, e o editor-chefe Paulo de Tarso Bezerra foram homenageados. A coincidência foi o filho de Wandemberg, Bernardo Malta Belém, interpretar o próprio pai. Além da semelhança física com Wandemberg, Bernardo é estudante da escola Modelo e se envolveu diretamente com os demais coleguinhas nas pesquisas. Conhecer a história do profissional que é seu pai, segundo ele, “Foi divertido’. O médico Paulo de Tarso foi lembrado também como empresário do segmento de imprensa, tendo fundado o jornal A Praça no ano de 2001 e outros empreendimentos do setor empresarial, um dos mais destacados o Hospital São Camilo, da rede privada de saúde. O médico e empresário Paulo de Tarso, um homem também apaixonado pela oratória, pelas letras e a imprensa escrita, digital e falada, lançou o periódico A Praça há mais de 20 anos e já tendo contribuído de forma grandiosa para registrar os fatos políticos, esportivos, sociais, empresariais e administrativos, com enorme contribuição para os anais da história recente do município, tem na família, na esposa e filhos, destacada dedicação profissional para a sociedade. A esposa Vanessa Bezerra é odontóloga e os três filhos do casal, Arthur, médico graduado pela UNIFOR, Paulo, estudante de Medicina, e Beatriz, está concluindo o ensino médio.
Outros homenageados que tiveram suas histórias apresentadas integram o quadro social da cidade nas mais distintas áreas e atividades como a digital influencer Raquel Masters, que tem milhares de seguidores no Instagram e é uma das personagens mais influentes na área de mídia digital, o advogado e professor universitário José Ivo Ferreira, a empresária Cleonice Vilarouca, o empresário do segmento de moda íntima Carlos Fernandes, Marcelo Paulino, do varejo e atacado Bugi, ambos homenageados na mesma sala pelos alunos do Infantil V, as empresárias Maria Aurileide Lima Fernandes e Juliana Castelo Branco Cavalcante Lopes, a médica Dra. Leila Guedes Machado, o fisioterapeuta Edmilson Alves Bezerra, o engenheiro José Edvan Teixeira de Lima, a psicóloga Dra. Nalra Cunha Vieira, o senhor Elmo Luiz Rocha Lima, a educadora Joelma Uchôa Pinheiro.
Neste ano de 2021 o projeto deixou suas revelações surpreendentes, como da empresa Serraria Guarany, do empresário Elmo Luiz. O público teve a oportunidade de conhecer uma nova linha de produtos da empresa do segmento de decoração de casa e escritório, envolvendo miniaturas de máquinas pesadas, petisqueiras, tábuas de carne e outros utensílios, tudo feito de madeira. E tudo surgiu de uma ideia iluminada da filha do empresário, que no período da pandemia, com os negócios em baixa, pensou num outro segmento de produtos, para alcançar outros públicos consumidores que não fosse da construção civil, com a venda de madeira (linhas, caibros, ripas, portas, janelas), produtos que integram seu portfólio tradicional de produtos.
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