O impasse e o debate sobre a retomada das aulas presenciais devem seguir até setembro. A volta presencial só deve ocorrer, segundo o governador Camilo Santana anunciou ao longo da semana que as escolas e universidades, públicas e privadas, se os indicadores epidemiológicos permanecerem favoráveis. No âmbito municipal, já se discute o tema. Escolas da cidade se organizam em associativismo e discutem os temas envoltos à possível retomada em meio ao contexto da pandemia da Covid-19.
Inicialmente o plano era reunir escolas de pequeno e médio porte. Mas a adesão hoje de 12 instituições deu proporções maiores ao movimento. Intitulada de Associação de Escolas Particulares do Centro-Sul (ASESPA), as intuições planejam e elaboram juntas planos de segurança sanitário, compras de materiais de segurança essenciais, e a ampliação do debate sobre a retomada.
O estado afirmou que caberá aos pais e responsáveis a decisão de conduzir estudantes a um retorno das aulas presenciais ou manter o ensino remoto no Ceará. O cenário ainda de insegurança para municípios do interior é ponderado pelo movimento nascido em Iguatu. “Entendemos que há sim o risco de contaminação do novo coronavírus, assim como todos os lugares, porém existe também o prejuízo educacional com a suspensão das aulas há quase cinco meses. Então nós, enquanto escolas particulares e futura associação de Iguatu, já preparamos os nossos protocolos de retorno às aulas presenciais de forma híbrida, seguindo todo protocolo da OMS e vigilância de saúde”, contou Cristianne Cunha, diretora do Educandário Nossa Senhora de Fátima.
Desligamento
A instituição foi afetada economicamente com a pandemia. O desligamento e a inadimplência são fatores que afetam principalmente na educação infantil. A unidade de ensino registrou a saída de 40% dos alunos.
A ASESPA segue em reta final de fundação sendo resguardada juridicamente por meio de assessoria advocatícia. Os diretores se reuniram em ocasiões presenciais e remotas. A ideia é estabelecer um debate com as autoridades locais e regionais.
A retomada é também discutida com os pais. “Realizamos uma enquete com os pais sobre o retorno das aulas presenciais e 75% dos mesmos não se sentem seguros em mandar seus filhos para a escola agora, os outros 25% alguns se sentem seguros diante das medidas que serão tomadas pelas escolas, e alguns pais sentem a necessidade de mandar seu filho à escola porque precisam voltar a trabalhar com a reabertura do comércio”, disse Cristianne.
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