A concentração aconteceu na praça Alcântara Nogueira, no bairro São Sebastião. A manifestação contou com a participação de donos de academias, educadores físicos, alunos e apoiadores. Com cartazes e fazendo buzinaço, os manifestantes percorreram ruas da cidade para chamar a atenção da população e do Poder Executivo, cobrando a reabertura das academias.
“A partir do momento que a gente abriu segunda-feira, disse que teríamos despesas em 100%, e, conforme disse, esse fechamento aumentando ainda mais nossos prejuízos. Apenas nesses três dias trabalhando, tivemos que devolver matrículas, fora isso tem a questão dos aluguéis, funcionários… Fomos pegos de surpresa com essa recomendação de fechar, já que estávamos assegurados pelo decreto municipal. Em todas as reuniões, a gente mostrava nossas intenções para essa retomada mais segura. A gente pensava que a prefeitura ia nos apoiar, não deixar na nossa mão pra gente tentar fazer alguma coisa em Justiça. O apoio da prefeitura teria sido fundamental. É uma injustiça! A gente está sem trabalhar há cinco meses, vendo o comércio todo aberto. Um absurdo o que a gente vê no centro comercial. Cobram para não ter aglomeração e não é isso que a gente vê no comércio, pelo contrário. As academias não geram aglomeração. Tem como a gente trabalhar totalmente organizado, como iniciamos nessa retomada”, explicou Gutemberg Veríssimo, proprietário de academia.
Seguir em frente
A manifestação, aconteceu de forma pacífica. “Não tem mais lógica de a gente permanecer fechado, se todo comércio está funcionando normalmente. A gente fez tudo o que foi pedido. Redução de horários, redução de alunos, distanciamento de aparelhos, isolamos muitos, para segurança dos nossos alunos. A atividade física é essencial para saúde. A gente vê que aumentou depressão, ansiedade, obesidade entre as pessoas. A prática de qualquer atividade física, com certeza, ajudaria nesse momento tão difícil que a gente vem passando. Não estamos preocupados só com lado financeiro, mas podemos ver que a atividade física é essencial, ainda mais nesse momento. Infelizmente, o vírus não vai acabar, a vida tem que continuar e a gente seguir em frente”, ressaltou o lutador e proprietário de academia Amarilson Pinheiro.
Ministério Público
A atividade havia sido liberada pelo decreto municipal, mas o Ministério Público recomendou a suspensão por entender que Iguatu ainda está na fase 2 do plano de retomada econômica conforme decreto elaborado pelo governo do estado. A prefeitura de Iguatu atendeu a recomendação e suspendeu a atividade, mas de acordo com o município, será levada a reivindicação da categoria ao Governo do Estado, para que seja analisada essa situação local.
Panorama
Em Iguatu, de acordo com dados da Secretária de Saúde, são 2.253 casos confirmados, com 58 óbitos, sendo de 92,5% o índice de pessoas recuperadas da Covid-19. A taxa de ocupação dos leitos de UTI, até ontem, sexta-feira, 21, estava em 75%. Dos 20 leitos, 15 estão ocupados.
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