Diante desse cenário provocado pela pandemia do novo coronavírus, quando as aulas presenciais ainda estão suspensas nas escolas da rede pública e privada no Ceará, as escolas tiveram que se adaptar a essa nova realidade utilizando principalmente as redes sociais com aulas on-line.
Não diferente o Proerd, que é Programa Educacional de Resistência às Drogas, desenvolvido pela Polícia Militar, também passou a ministrar as aulas de forma virtual, mas bem interativa. E os resultados têm sido surpreendentes principalmente para os alunos, em especial para os surdos, que também são assistidos com interpretes. “Às vezes ministramos as aulas e nós nos preocupamos com os alunos que têm dificuldades, mas o intérprete é uma figura chave para atingirmos todos sem distinção. Nunca vi algo igual! Só o Proerd nos deixa tão realizados profissionalmente com todos esses resultados que estamos podendo ver”, declarou entusiasmado o sargento Renato Oliveira, integrante do Proerd.
Os temas trabalhados nas aulas virtuais são os mesmos desenvolvidos nas aulas presenciais, sempre com assuntos voltados para prevenção e combate às drogas lícitas e ilícitas. Todavia, os professores tiveram que buscar uma maneira de atrair a atenção dos alunos. “Têm sido importante essas aulas porque os policiais ensinam a gente a se afastar de pessoas ruins, não querer usar drogas, porque é ruim e pode prejudicar as pessoas. A minha mensagem é que estudem, que prestem atenção, nos ensinamentos dos nossos professores. E que todas as pessoas ajudem uns aos outros, precisamos ter respeito. Só tenho a agradecer por eles fazerem esse trabalho com a gente e a importância das intérpretes que nos ajudam a entender tudo que é ensinado pra gente”, declarou o estudante Érick Barbosa da Silva, que é surdo.
Gratificante
“Para se ter uma ideia, as aulas sempre são bem participativas. Em uma delas teve a participação de 59 alunos e 04 professores que iniciou e durou mais de duas horas. É tão empolgante que o tempo passa a gente não percebe. Se dependesse deles, a gente não terminava. Isso é gratificante. Os alunos interagem bastante e são atenciosos. O que tem resultado em resultados positivos. Eles gostam muito das canções, da presença do nosso mascote, o leão. Quanto à participação dos intérpretes, é fundamental já que os outros surdos mesmo que tenham concluído sua atuação nos estudos, assistem por ter a acessibilidade através da janela do intérprete. A gente vê como uma grande conquista unir a acessibilidade e esse projeto tão rico”, complementou sargento Renato Oliveira.
De acordo com o comando do 10º BPM, que tem à frente o tenente-coronel Giovane Sobreira, e a coordenação do Proerd, tenente-coronel Rodrigo Rodrigues, é importante essa continuidade do programa usando essas estratégias interativas. “O programa consegue unir o trabalho de prevenção às drogas de forma ativa e segura, com a boa didática dos instrutores. Todos os dias da semana passaram a transmitir o programa através das redes sociais com temáticas diversificadas envolvendo não só as crianças e adolescentes, mas toda família”, afirmou tenente-coronel Rodrigo.
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