A 7ª Semana Nacional de Museus, um evento que reúne museus de todo o Brasil, mobilizou diversas diversos setores de Iguatu. Como programação de 14 a 17, o Museu Iguatuense da Imagem e do Som Francisco Alcântara Nogueira, localizado na Rua 13 de maio, vizinho ao SESC de Iguatu, recebeu movimentos culturais e instituições de ensino.
“Este evento é de grande importância para o município de Iguatu, visto ser uma programação a nível nacional”, destacou Carlê Rodrigues, produtora da programação local.
A temática abordada nesta edição “Museus como Núcleos Culturais – O futuro das Tradições” teve na sua programação a presença de articuladores culturais do município que representam as tradições mais comuns na região, como sanfoneiros, quadrilheiros, benzedeiras, violeiros, pescadores, brincantes de caretas, artesãs e mestres de lapinha.
Houve espaço para show musical com homenagem ao iguatuense Humberto Teixeira, através dos músicos e professores da Escola de Música Popular, além de contação de histórias e apresentação da Banda Municipal Maestro Manoel Ferreira Lima, que compuseram a programação.
A história ferroviária, marco do progresso econômico do município, também foi lembrada, com visita mediada. “Desconhecia que Iguatu tinha museu. Achei muito legal conhecer a vida de pessoas que marcaram a cidade pelo trabalho que faziam”, disse Miguel Araújo, aluno do 7º da Escola Dr. Edson Gouveia.
Passado – futuro
O encerramento contou com a “Roda de Conversa” com figuras da cultura popular: Mestra Galileia (Brincante de Lapinha); Rômulo Uchôa (Brincante de Caretas), Edimar Carvalho (Sanfoneiro), Neide Batista (presidente da Colônia de Pescadores Z41de Iguatu), Dona Basta (Benzedeira); Vânia Nunes (Movimento Junino); Chico Alves (Violeiro) e Marlene Ribeiro (Artesã). “Eles conhecem bem nossa cultura. Agora é hora de eles expandirem seus horizontes para nossas artes. Eles têm que conhecer o passado pra serem grandes no presente”, disse o mestre de capoeira Mororó, que levou o seu projeto social com crianças para dentro do museu.
“Como a cidade marcada por pouca valorização dos bens físicos e estruturais, esperamos que com a semana seja incutida nos mais jovens a ideia de visitar o museu com maior frequência. Aqui temos um mundo de informações. De algo que muitas vezes não é suficiente repassar em uma hora de visita. Vislumbramos esse desejo: que exista um calendário por parte das pessoas e entidades na visitação deste importante equipamento”, disse Carlê.
Saiba mais
O Museu da Imagem e do Som Alcântara Nogueira possuiu exposição permanente de materiais que contam a história de Iguatu. Fotografias, recortes de jornais, revistas, livros, e os mais diferentes e interessantes equipamentos como a primeira televisão em cores de Iguatu, instrumentos musicais como piano, aparelhos de rádio, microfones, entre muitas outras como moedas, peças indígenas, entre outras. Documentos, objetos e fotografias narram o passado, peças significativas do acervo cultural de Iguatu.
O museu de Iguatu representa o espaço da memória, das experimentações e até mesmo da contemporaneidade do povo iguatuense.
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