Airton Luna Neto (Estudante, pré-vestibulando)
Com a pandemia do novo coronavírus (SARS-COV-2), que teve início no começo de 2020, o Mundo teve que se adaptar ao novo estilo de vida de quarentena, no qual o distanciamento e o isolamento social são medidas primordiais. Várias atividades cotidianas foram suspensas ou adaptadas com intuito de conter a transmissão do novo vírus, dentre elas pode-se citar a educação, cujo ensino remoto através de aulas on-line foi a solução mais segura durante a pandemia.
Contudo, no Brasil há impasses que dificultam a eficácia do ensino remoto, principalmente relacionado a recursos, visto que 30% da população não tem acesso à Internet, segundo pesquisa feita pela CETIC, deixando assim muitos alunos, principalmente de classes mais pobres, sem acesso ao ensino virtual. Muitas instituições educacionais também contribuem para a diminuição da eficácia, pois a desqualificação dos profissionais no manejo da tecnologia a seu favor prejudica a qualidade das aulas.
De fato, manter o aluno no ensino remoto é um grande desafio no Brasil, já que a ausência de incentivo, da motivação transmitida pelos professores e colegas somadas à acomodação de estar em casa ou em alguns casos a busca por empregos autônomos geram o aumento da evasão escolar que, segundo a BBC News Brasil, em uma sala de 40 alunos apenas 15 continuam estudando durante a pandemia.
Em suma, o ensino a distância no Brasil possui desafios que vão desde a falta de recursos e qualificação até a desmotivação dos alunos.
Para combater esses impasses, o Governo Federal deve garantir o direito à educação, segundo o artigo 205 da Constituição, com a compra de acessórios e recursos como smartphones e Internet, por meio de verbas, para distribuir de forma fiscalizada e selecionada àqueles que realmente precisam de material e não possuem condições de adquirir para que não haja corrupção na distribuição. Além do Governo, as instituições educacionais devem realizar cursos de manejo de tecnologias remotas com os profissionais para melhorar a qualidade das aulas como também promover encontros e reuniões com os alunos com objetivo de motivar, acompanhar e aconselhar cada um.
A união dessas medidas com a motivação e o acompanhamento das famílias dos alunos, espera-se o sucesso e eficiência do ensino a distância no Brasil assim como está sendo em vários países no Mundo.
*Texto produzido na Oficina de Redação do Professor José Roberto Duarte
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