O projeto Balaio Agroecológico foi iniciado há pouco mais de um ano, quando um grupo de jovens passou a incentivar o cultivo agroflorestal e o consumo de alimentos naturais, sem uso de agrotóxicos. A iniciativa, além da produção própria, contempla a aquisição de alimentos de agricultores familiares.
Uma das áreas exploradas pelo projeto fica no Sítio Juazeirinho, na zona rural de Iguatu. O local está bem verde, o colorido das flores atrai abelhas e até beija-flor. “Fomos presenteados com a presença desse beija-flor, que coisa mais linda! Isso é o resultado positivo que a natureza dá pra gente”, disse Dauyzio Alves da Silva, acadêmico de Biologia e agricultor agroecológico, afirmando que o local antes era utilizado para criação de gado e estava muito degradado. Agora são mais de duzentas variedades de espécies plantadas, sendo que setenta delas são semeadas. Os canteiros de hortaliças, fruteiras, e até árvores nativas foram plantadas. A iniciativa de criar o projeto Balaio Agroecológico partiu dos amigos Dauyzio Alves e Júnior César. “A primeira ideia foi de produzir alimentos livres de agrotóxicos para nosso consumo, depois criar nesse espaço um centro de formação, isso repassando para outros agricultores, pessoal das escolas e pessoas interessadas em produzir alimentos mais saudáveis. Mas veio a pandemia e atrapalhou essa parte”, afirma Dauyzio, apontando que diante dessa nova realidade tiveram que partir para a comercialização. O excedente do que é produzido passou a ser comercializado e o resultado tem sido positivo.
Venda e entrega
Por conta da crise provocada pela pandemia da Covid-19, o projeto passou a usar as redes sociais para vender a produção. Os produtos são ofertados in natura e em compotas. Em média são comercializadas 70 cestas por semana, o valor varia de acordo com a escolha dos consumidores. “A entrega é feita em casa. A produção tem contribuído como fonte de renda com as vendas pela internet. As pessoas usam aplicativos de mensagens, fazem seus pedidos. De acordo com a necessidade deles, a gente monta as cestas e faz as entregas”, ressalta Júnior César.
A iniciativa é realizada em parceria com agricultores familiares. Além do cultivo próprio, o projeto ajuda na venda da produção de outros agricultores. A parceria tem dado certo. “Fico feliz em ver esses jovens fazendo esse trabalho, sempre fui contra o uso da produção com veneno, o que um agricultor gasta para produzir usando veneno, só aumenta os custos e no final da produção não compensa. Nesse sistema, a produção é pouca, mas nem se compara a um alimento saudável, natural”, destaca o agricultor Ribamar Batista, parceiro do projeto.
Serviço:
Balaio Agroecológico
Instagram: @balaioagroecologico
WhatsApp: (88) 9.9322-7450
0 comentários