Viviane Isídio (Pré-universitária)
O filme “Wall-e” tem como cenário principal um planeta desabitado e tomado por lixo, cujo protagonista, o robô Wall-e, tem a tarefa de compactar o lixo e deixar o planeta habitável novamente, mas essa tarefa já dura 700 anos. Fora da ficção, o cenário global tem sido alvo de muita preocupação, pois as atitudes das pessoas têm sido opostas às que o filme alerta quanto à responsabilidade de cada um sobre o consumo consciente e descarte correto de resíduos eletrônicos.
O lixo eletrônico é relativamente novo, visto que somente depois do processo de Revolução Industrial ocorrido no século XVIII é que a necessidade de praticidade e comunicação rápida se tornou essencial. No entanto, com isso houve um aumento significativo do ritmo de consumo e as empresas pensando em um maior lucro acabam diminuindo a vida útil dos eletrônicos, induzindo os clientes a trocarem seus aparelhos por novos, estimulando assim o consumo exacerbado, acarretando o acúmulo de matéria ou mesmo o descarte incorreto.
O descarte correto de eletrônicos deveria ser responsabilidade das empresas, pois sem ter um lugar apropriado as pessoas acabam descartando em lixões a céu aberto e o lixo em contato direto com o solo contamina-o, deixando-o impróprio para a agricultura e contamina também os lençóis freáticos, deixando-os inutilizáveis para o consumo.
Portanto, é necessário que o Governo desenvolva palestras de reeducação ambiental para que as pessoas tomem consciência e só comprem o essencial para evitar o acúmulo. É importante também que as empresas desenvolvam métodos de descarte correto, distribuam em diversos lugares e tomem como exemplo a empresa Apple que no desenvolvimento no seu mais novo modelo de celular resolveu retirar os carregadores e fones para que os usuários reutilizem os antigos a fim de diminuir a emissão de carbono e de lixo eletrônico.
Com essas ações, o cenário de “Wall-e” permanecerá na ficção.
*Texto produzido na Oficina de Redação do Professor José Roberto Duarte
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