Ingroove celebra 10 anos do autoral a versões que animam festas baile

“Amarelo”, “Sina Minha”, “Deixa”, “Até tentei” e “Perfume” são alguns dos sucessos mais pedidos em seus shows, porém são incontáveis as composições autorais do grupo.

09/01/2021

A década foi marcada por reinvenção musical livre de preconceitos – Foto Divulgação

A banda Ingroove chega aos seus 10 anos de estrada consolidada no mercado musical de Iguatu e região e o melhor com um público fiel. A festa é a sua marca. Seja de casamento, formatura ou de debutante ou shows mais intimistas para os fãs que preferem seu conteúdo autoral em casas de shows. O fato é comprovado pelas redes sociais com grande interatividade e de seguidores, por elas o grupo oferece conteúdo leve e com brincadeiras entre os músicos.

Todos os integrantes são professores da Escola de Música Popular Humberto Teixeira e ingressaram no ano de 2010, época em que afinidade não ficou só no tom dos instrumentos de trabalho, surgindo desde então a Ingroove.

O nome do grupo nasceu da sensação apreciada por todos os componentes o ‘Groove’ – efeito da mudança de padrão em um ritmo – sentida como uma qualidade rítmica caraterística. Apesar de o grupo ter se aprofundado em outras fontes de efeitos propulsivos, a essência da banda é mesmo fazer a festa de quem os cerca.

Formação e som

Os cinco membros do grupo, Helinho Gomes (vocais e teclados), Léo Lima (vocais e violão), Welkinay Lima (contrabaixo), Sussu Mendonça (bateria), e Paulo Cascavel (sanfona), possuem projetos paralelos ao da Ingroove. Mas quando a união acontece no palco, é nítida a sincronia que acaba sendo refletida em quem os prestigia.

Os cinco componentes mostram afinidade nos palcos – Foto Divulgação

A Ingroove por si possui um som inebriante, incluindo canções contemporâneas do meio pop e dos anos 80, levando alegria por onde passa. Dentro do próprio grupo, nesta década eles já tematizam apresentações. Os artistas dos anos 90 Sandy e Junior e as canções atemporais e de flashback do ritmo brega ganharam repertórios especiais e versões musicais incorporadas com o ritmo já conhecido da banda. “Nosso repertório é sempre criado conforme a ocasião. Mas há sempre espaço para tudo”, conta Léo.

A sanfona foi introduzida no instrumental do grupo por último, já após lançarem seu primeiro trabalho. A exigência do público em apresentações pelo ritmo do forró fez com o elemento nordestino da sanfona fosse inserido no grupo. O instrumento deu em outras canções do grupo uma cara mais raiz e um arranjo de maiores possibilidades. “O som do acordeão é naturalmente melancólico, o que permite dar uma roupagem diferenciada e original para uma canção que a maioria conhece apenas na maneira tradicional”, destacou Cascavel.

Autoral

“Amarelo”, “Sina Minha”, “Deixa”, “Até tentei” e “Perfume” são alguns dos sucessos mais pedidos em seus shows, porém são incontáveis as composições autorais do grupo. As músicas gravadas concentram-se em três trabalhos: o primeiro “Ingroove Gravando Ao Vivo” gravado no alpendre da residência de um amigo; o segundo “Ingroove ao Vivo e Ponto” produzido no teatro do SESC-Iguatu, e o terceiro intitulado “OK” único gravado em estúdio, trouxe em 2017 muitas experimentações, participações especiais. As músicas do último disco flertam com o eletrônico ao mesmo tempo em que se misturam com o som acústico.

O trabalho dos artistas está exposto nas plataformas das redes sociais. A internet é uma grande parceira dos músicos, no canal do Youtube, Instagram e no Facebook, eles mostram os bastidores e o flerte com covers de artistas consagrados. “Por ser produtor musical, levo ao ensaio a ideia inicial. Mas todos ajudam a construir uma nova roupagem na canção e aos poucos elas vão tendo a cara da banda”, contou Helinho.

Essência musical

O grupo foge dos padrões e segue livre de preconceitos em suas produções. Na relativa curta história de uma década coloca seu nome de pronúncia única na eternidade na memória do público da terra em que grandes nomes levaram os mais variados gêneros a figurarem no cenário nacional. “A Ingroove é um divisor de águas em nossas vidas. Nela consegui viver a música na sua essência e desenvolver meu trabalho autoral. Acredito que por possuirmos um meio cultural muito plural, precisamos que existam bandas como a nossa como a The Stoned e O Rastah fazendo a cena autoral e alimentando o povo de cultura”, finalizou Léo.

O grupo conquistou seu espaço no mercado cultural da região – Foto Divulgação

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