Feirantes redobram cuidados para evitar propagação do novo coronavírus

Apesar de todos as orientações e recomendações, facilmente é possível ver uma ou outra pessoa fazendo o uso errado da máscara.

16/01/2021

Feirantes ofertam álcool em gel a 70%, utilizam máscaras faciais e, em sua maioria, mantêm o distanciamento entre as barracas –

Um item que ganhou destaque nas barracas da feira livre de Iguatu é o álcool em gel 70%, o produto não está à venda, mas sim à disposição dos consumidores e dos vendedores que devem utilizar o produto durante o manuseio das mercadorias e dinheiro.

Depois de passarem mais de cinco meses sem vender nada “na rua”, isso porque as feiras livres estavam proibidas para evitar aglomerações, no centro comercial da cidade, os feirantes estão correndo “atrás do prejuízo”, mas sem descuidar das medidas necessárias de segurança. Uma das medidas adotadas é a proibição de barracas próximas umas das outras. Na Avenida Agenor Araújo, que antes era tomada por barracas, estas estão espalhadas ao longo da via nas proximidades do mercado público.

Há mais de dez anos trabalho na feira, Valdécio de Araújo não descuida. O álcool está bem próximo das mercadorias para lembrar que o mundo ainda enfrenta uma pandemia. “Pra gente foi bem difícil passar muito tempo sem vim pra cá. É daqui que a gente tira o ganha pão, o sustento da família. A gente sabe que foi preciso, mas ainda não pode descuidar. Além do dinheiro, o que vale primeiro é a vida”, disse o feirante.

Apesar de todos as orientações e recomendações, facilmente é possível ver uma ou outra pessoa fazendo o uso errado da máscara e outros que sequer usam o equipamento. “Eu não estou quase nem saindo de casa. Venho aqui à feira porque é necessário, não desço da bicicleta. Daqui mesmo compro o que preciso e volto pra casa. A máscara, uso direto. Tenho 61 anos de idade, sou do grupo de risco”, comentou o aposentado José Pereira.

Esperança

De acordo com o feirante Luiz Francisco, que há mais de 15 anos trabalha na feira, o tempo que ficou “parado” foi também o mais difícil. “Eu compro feijão caro pra revender, a gente ficou sem essa renda. O que a gente ganha, mal dá pra pagar o que a gente compra. Agora a situação está melhorando, do final do ano pra cá melhorou o movimento. Mas o que a gente sempre pede e fica atento é que as pessoas usem máscara e usem álcool que tem à disposição. A gente espera que essa vacina venha logo pra poder trabalhar em paz, voltar a ter uma vida normal”, mostrou confiança.

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