A Escola de Saúde Pública do Ceará Paulo Marcelo Martins Rodrigues (ESP/CE), vinculada à Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), capacitou nesta última semana profissionais de saúde do Hospital Regional de Iguatu para o uso do capacete respiratório Elmo, equipamento de respiração assistida eficaz no tratamento de pessoas com quadro leve ou moderado de Covid-19.
De Iguatu foram treinadas quatro pessoas, entre fisioterapeutas e enfermeiros clínicos que atuam na linha de frente da pandemia. A capacitação aconteceu no Hospital Regional do Cariri, em um espaço que permitiu o desenvolvimento de habilidades clínicas. As estações de treinamentos de habilidades contam com um ator para representar o paciente e fazer uso do capacete.
Os profissionais de Iguatu serão os replicadores do manuseio do equipamento quando ele for destinado às unidades de saúde. A formação é iniciada com discussão de conteúdo teórico sobre o dispositivo, permitindo ainda a experiência com o processo de manejo, que envolve a montagem, utilização no paciente, desmontagem e desinfecção do equipamento. “Os participantes treinados para cuidar dos pacientes repassarão o aprendizado aos demais profissionais que atuam na linha de frente da Covid-19. Desenvolvido por pesquisadores cearenses, o Elmo já tem aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser produzido em escala industrial”, afirmou Georgy Xavier, superintendente da Escola de Saúde Pública de Iguatu (ESPI).
Ao utilizar um mecanismo de respiração artificial não invasivo, o capacete foi fundamental para evitar a intubação de pacientes, reduzindo em 60% a necessidade de internações em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
A fisioterapeuta Ryana Karla explica que os hospitais implantaram protocolos para uso do Elmo em pacientes que receberam indicação para o tratamento, que previne intubação. Entre os requisitos está o índice de oxigenação no sangue. “O Elmo é uma ventilação não invasiva que melhora o índice de oxigenação no sangue e expande o pulmão do paciente, evitando uma intubação”, ressalta. Ela explica, ainda, que os fisioterapeutas fazem a monitorização diariamente nos pacientes para avaliar se a terapia está tendo o efeito esperado, se o paciente está bem adaptado e se o quadro clínico registrou melhora.
UTis
Ainda não há programação para a chegada do equipamento. O uso do aparelho poderá auxiliar no desafogo das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Nesta semana, Iguatu chegou a ocupação acima de 80%, com 25 ocupações das 30 existentes.
Além do Elmo, entre as terapias utilizadas nos hospitais regionais para evitar a intubação dos pacientes estão o uso de máscara de ventilação não invasiva (VNI), do caté de alto fluxo e da máscara com reservatório, utilizados para estabilizar o quadro clínico de pacientes.
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