Rogério Gomes
Correspondente em Fortaleza
O governador do Ceará, Camilo Santana, e o prefeito de Fortaleza, José Sarto, anunciaram na noite da quarta-feira, dia 3 de março, novas regras de isolamento rígido em Fortaleza durante duas semanas, entre os dias 5 e 18 de março. Só poderão funcionar serviços considerados essenciais. Prefeituras do interior também avaliam decretar lockdown. Na Região Metropolitana de Fortaleza, Caucaia e Maracanaú analisam medidas sanitárias mais rígidas. Na Zona Norte, Sobral também pode decretar mais regras de distanciamento social. Crato e Juazeiro do Norte, na Região do Cariri, também estão em sinal de alerta diante da explosão de casos da Covid-19.
“O momento é de alerta máximo, e requer medidas ainda mais fortes para tentarmos conter a pandemia. É necessário diminuir a circulação de pessoas urgente para evitar que mais e mais cearenses sejam contaminados, e corram o risco de precisar de um leito e não conseguir. Sei do drama de quem tem seu negócio afetado pelas medidas de isolamento, mas essa é, neste momento, a única medida apontada pelos especialistas para frear esse avanço”, declarou o governador Camilo Santana.
As prefeituras de municípios do interior do Ceará também estão recebendo a recomendação de fazer o isolamento rígido, principalmente nas cidades onde o número de casos da Covid-19 está lotando a rede hospitalar.
Os setores da construção civil, indústria e supermercados estão autorizados a continuar funcionando durante as duas semanas de isolamento rígido em Fortaleza, determinado pelo Governo do Estado. O comércio será atingido, sendo permitido apenas os serviços de entrega domiciliar.
Academias e restaurantes terão de suspender o atendimento presencial. As aulas presenciais seguem permitidas, mas apenas para crianças na faixa etária de zero a três anos. Os hotéis estudam a possibilidade de paralisar o funcionamento no período de duas semanas, diante da falta de clientes. Mas estão autorizados a ficar abertos com as recomendações de cuidado sanitário. As barracas de praia em Fortaleza também tiveram o atendimento suspenso.
Os chamados serviços essenciais envolvem as farmácias, indústria, construção civil, supermercados, postos de combustíveis, hospitais, serviços odontológicos e veterinários, laboratório de análises clínicas, segurança privada, meios de comunicação e funerárias.
0 comentários