A chuva na noite da quinta-feira, 04, foi rápida e com fortes ventos causando prejuízos e medo para moradores da zona rural de Quixelô, na região do Jiqui. “Foi assustador! Fomos pegos de surpresa. O tempo fechou e logo veio a chuva. Foi ligeira. O que deu medo mesmo foi a ventania. Corri para dentro de casa. A gente só escutava as telhas quebrando no alpendre. Todo mundo ficou com medo”, contou a dona de casa Josefa Gomes.
Somente na manhã de ontem, sexta-feira, 05, que os moradores puderam ter a real noção dos estragos provocados pelas rajadas de vento. O agricultor Alfredo Lopes aproveitou a manhã de sol para consertar o telhado da casa do filho dele que teve parte do alpendre e da garagem atingido pela ventania. “Aqui já teve ventania, todo ano tem, mas forte do jeito que foi a gente nunca tinha visto, pra causar todos esses estragos. Já passou. Agora é pedir a Deus que as chuvas continuem, mas com calmaria”, pontuou enquanto fazia a substituição das telhas quebradas.
No Sítio Pitombeira do Jiqui, choveu apenas 8mm, mas foi uma das regiões mais atingidas pela ventania. Dezenas de casas tiveram telhados danificados. Moradores tiveram muito trabalho para fazer a limpeza, além de contabilizar os prejuízos. Muitas pessoas ainda não sabem nem quanto estão gastando para recuperar o que foi perdido. “A chuva foi de apenas 8 milímetros, está marcado ali no pluviômetro em casa. Foi ligeira, não demorou 20 minutos, mas deixou uns estragos por aqui”, ressaltou Alfredo Lopes.
Pouca chuva, mas vento suficiente para também derrubar várias árvores, inclusive no meio da estrada, dificultando a passagem dos moradores. “Eu vinha de moto com meu pai, a gente teve que parar na estrada esperar a ventania passar para chegar em casa”, destacou o universitário Gabriel Silva.
Rajadas
Esse tipo de vento é proveniente das cumulus nimbus. Esse tipo de nuvem atinge a terra de forma rápida e com bastante velocidade, com rajadas que podem ultrapassar 60 km/h, com essa velocidade para causar danos, derrubando árvores e destelhando casas, entre outros transtornos.
Quixelô não tem Plataforma de Coleta de Dados (PCD) da FUNCEME, que registrou ontem as maiores rajadas de vento Ceará: Morada Nova (55,5 km/h); Jaguaruana (51,1km/h); Fortaleza (36,75 km/h); Barbalha (26,95 km/h); Iguatu (24,15 km/h) e Crateús que registrou rajadas de até 23,8 km/h.
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