O Programa de Recebimento de Embalagens Vazias de Agrotóxicos voltou a fazer a coleta itinerante, pelo Inpev, através de órgãos e entidades parceiras. Ano passado a pandemia da Covid-19 atrapalhou as ações itinerantes. Em Iguatu, o posto de coleta foi montado na Secretaria do Desenvolvimento Agrário, no Bairro Bugi. Mas, diferente das edições anteriores, este ano poucas embalagens vazias de agrotóxicos foram recebidas.
“A gente esperava pelo menos a presença de 30 a 40 produtores, mas somente 13 trouxeram recipientes”, lamenta Venâncio Vieira, secretário do Desenvolvimento Agrário de Iguatu, ressaltando que a ação foi repassada para agricultores, associações e produtores. Ele ressalta que a pandemia pode ter provocado também essa redução da participação.
Durante a entrega, rótulos, tampas e caixas de papelão que embalam os vasilhames também devem ser recolhidos. “Antes também da entrega, essas embalagens devem ter passado por um processo de limpeza, que a gente recomenda a tríplice lavagem dos vasilhames e inutilização antes de fazer a entrega dos recipientes. No campo mesmo, durante a aplicação do produto, essa lavagem deve ser feita. O produtor já tem conhecimento, no caso deve ser colocada água no frasco, colocado no pulverizador e utilizar no plantio. Esse processo deve ser feito três vezes. Depois os vasilhames de 20 litros devem ser inutilizados e fazer a entrega”, explica Rivaldo dos Nascimento, membro da Associação do Comércio Agropecuário do Ceará, ACACE.
Logística reversa
O objetivo do programa é justamente conscientizar e educar o produtor rural para fazer a devolução correta dessas embalagens. Quando descartadas no meio ambiente, são grandes fatores para poluição dos reservatórios. “Estamos num período de chuvas, o inverno continua. Muita gente infelizmente comete o erro de deixar essas vasilhas no campo, com as chuvas, a água leva para os rios, açude, fora o solo que é contaminado. O correto é fazer essa devolução dentro do prazo de um ano, a contar da data da compra”.
A cadeia de entrega do material faz parte da logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas. Além do recebimento itinerante, o Ceará conta com três postos de recebimento: em Quixeré, Ubajara e Abaiara. 617.555 toneladas de embalagens vazias de defensivos agrícolas foram retiradas do meio ambiente de 2002 até ontem, sexta-feira, 21, de acordo com o Inpev. O produtor tem o prazo de um ano para fazer a devolução correta da embalagem. Quem descumprir as recomendações pode até ser penalizado.
Para mais informações, as pessoas interessadas podem acessar o site do Inpev: https://www.inpev.org.br/index
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