Willian Matheus Gonçalves é estudante do primeiro semestre do curso de direito da URCA-Iguatu – Foto Divulgação

A pandemia trouxe uma série de problemas em diversos âmbitos, desde econômicos, políticos, culturais e estruturais, especialmente no setor da saúde. E assim como a nível de Brasil, desde março de 2020, a cidade de Iguatu, em específico, teve uma nova preocupação, agora no âmbito digital. Os casos de ‘cibercrimes’ na cidade foram objeto de estudo de artigo científico acadêmico, apontando um aumento de mais de 90% nesses primeiros cinco meses de 2021.

Willian Matheus Gonçalves, estudante do primeiro semestre do curso de Direito da URCA-Iguatu, fez o trabalho de busca análise da figura dos crimes virtuais, a partir de uma abordagem quantitativa, baseada em um estudo estatístico e bibliográfico, o qual tratou sobre seus principais aspectos, entre os quais os seus infratores e os principais crimes. “O trabalho tem como objetivo primordial analisar a incidência dos crimes virtuais no município de Iguatu, durante o período da pandemia da Covid-19. O artigo se preocupou em apresentar o principal crime e com que frequência acontece”, disse.

A coleta de dados do estudante foi realizada junto à Delegacia Regional de Polícia Civil de Iguatu. A unidade contabilizou um total de 182 crimes de estelionato dentro do espaço virtual no decorrer do ano de 2020, com uma média mensal de 15,16 e diária de 0,5 crimes catalogados, ou a cada dois dias, um crime virtual de estelionato registrado no município.

O mês de maior incidência foi junho, o qual totalizou 23 crimes; o de menor ocorrência foi fevereiro, apresentando um total de 4 crimes.

Os dados foram compilados junto a delegacia de Polícia de Iguatu

2021

Nos cinco primeiros meses do ano de 2021, foi registrado um total equivalente a 90 crimes de estelionato no ambiente virtual. Maio acabou sendo o mês de incidência. Com média mensal de 18 casos, quando comparada à dos cinco primeiros meses do ano 2020, representa um aumento de 91,5% no número de crimes de estelionato registrados no ambiente virtual.

Com as recomendações de isolamento social e com parte da população em casa, as pessoas passam mais tempo conectadas, seja para trabalhar, estudar ou por diversão. Assim, com esse aumento no uso da internet, cibercriminosos passaram a observar brechas para aplicar novos golpes, usando, principalmente, indivíduos com poucas experiências on-line como vítimas. “O crescimento no número de crimes cometidos dentro do ambiente virtual está diretamente relacionado ao elevado índice de usuários da internet e dos meios eletrônicos, e este é consequência da medida de isolamento social adotada pelos estados e municípios brasileiros para conter o avanço no número de casos positivos da Covid-19”, pontuou Matheus.