A garagem da casa de Cristiane Ricarte, no Novo Iguatu, agora está cheia de plantas. Ela está começando a vender plantas e flores, depois que o marido ficou desempregado. Cristiane que vendia balas e salgadinhos na frente de duas escolas também teve que encerrar o trabalho por conta da pandemia da Covid-19.
“Meu marido é eletricista, mas ficou desempregado. Ainda trabalha, mas fazendo bico. Ele teve a ideia de fazer jarros de cimento e passou a ganhar dinheiro que vem ajudando no sustento de casa. Todo dia eu estava na porta de duas escolas. Ia vender no Caic na hora do intervalo, saía de lá e vinha para o Municipal. Era um dinheiro que ajudava muito a gente a manter nossa família. As escolas suspenderam as aulas presenciais. Tive que ficar em casa e sem ganho”, disse, afirmando que a família passou a enfrentar dificuldades financeiras.
Por outro lado, a pandemia mostrou um novo caminho para a dona de casa que viu a oportunidade de começar o negócio. “Depois que meu marido passou a vender os jarros, eu, que já gostava de plantas, passei a gostar e aprender ainda mais depois que tive a ideia de vender. Vem dando certo”, comemora.
Motivação, desafio e preconceito
Motivada, Cristiane aproveita as redes sociais para divulgar o trabalho. A família voltou a ter ganhos financeiros que chegam em média a R$ 1 mil mensal. “Voltamos a viver, temos esperança de que tudo pode melhorar. Eu já gostava de plantar, passei a estudar sobre as variedades. É um mundo enriquecedor e apaixonante. A internet tem ajudado muito a pesquisar, aprender e principalmente vender. Até porque passei a postar no Instagram. As pessoas gostam, compram e eu faço questão de ir deixar. Trabalho com delivery”, ressalta.
Além da comercialização de plantas e flores ornamentais, Cristiane também reaproveita materiais recicláveis. “Tem garrafas plásticas que dá para transformar em vasos, eu recorto pinto, ficam bem engraçadinhos. É empolgante. Tem também que ter muita responsabilidade e carinho nesse trabalho que vejo com arte”, acrescenta a empreendedora, ressaltando que todos os dias é um desafio diante do preconceito que ainda existe contra a mulher empreender no mercado de trabalho. “É uma realidade que infelizmente ainda existe, mas com força, trabalho e determinação vamos continuar nessa luta. Eu estou feliz com essa nova atividade. Tenho gosto de passar tempo mexendo nas plantas, organizando tudo para ficar tudo lindo e bem cuidado”, concluiu, afirmando que está melhorando o espaço de trabalho. “Vamos crescer igual às plantas, seguindo cada fase. Esperamos que as pessoas nos sigam nas redes sociais, pelo nosso Instagram (@cantinhoo_das_plantas) onde temos contado direto com as pessoas”.
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