Simplicidade, humildade, alegria, amizade, mansidão e espírito jovem foram características destacadas por sacerdotes e amigos do monsenhor Afonso Queiroga da Silva, que completou, nesta quinta-feira (07), 85 anos de vida.
O Instituto Memorial e de Promoção Humana Dom José Mauro Ramalho de Alarcon e Santiago promoveu a comemoração do aniversário em sua sede, com celebração de missa em Ação de Graças e almoço de confraternização em sintonia com a natureza, sob sombra de mangueiras frondosas.
Aos 56 anos de sacerdócio e 85 anos de idade, monsenhor Queiroga lembra que por causa da pandemia “houve uma parada, mas é hora de um recomeço”. O sacerdote revelou três grandes amores: “à juventude (trabalho nas Comunidades Eclesiais de Base); à Educação (professor) e à família (formação e Encontro de Casais com Cristo)”.
Queiroga lembra que ainda criança foi a uma missa com o pai e o momento de entrega da comunhão pelo padre o marcou muito e ao sair da celebração e encontrar parentes, afirmou: “Vou ser padre”.
Sobre os 85 anos, disse: “É um desafio, mas o sentimento que me conduz é de fazer o que posso fazer, com ânimo, coragem, mas tenho consciência dos limites físicos da idade, do peso que carrego”.
Opiniões
O músico Zé Vicente destacou a marca da “simplicidade e humildade do monsenhor Queiroga, onde nasce a sua força de unidade, de diálogo, e de mansidão”.
Para o padre João Batista, administrador diocesano, monsenhor Queiroga “é uma referência de sacerdote e missionário na Diocese de Iguatu; é a memória viva da trajetória de nossa Igreja Diocesana”.
João Batista observou que monsenhor Queiroga “participou de todos os períodos da história diocesana e contribuiu decisivamente com a nossa caminhada pastoral, com forte inspiração do Concílio Vaticano II. Monsenhor Queiroga inspira a todos os padres e leigos a conservarem o ardor e alegria da missão”.
O padre Ricardo Ferreira destacou pontos essenciais na vida do monsenhor Queiroga: “humanidade, saber viver a dimensão humana da amizade; atenção, acolhimento, carinho para com as pessoas e a pastoralidade, ou seja, a dedicação no serviço cristão com vasta experiência, na divulgação e motivação da palavra de Deus”.
O religioso Ricardo Ferreira disse que monsenhor Queiroga é “um exemplo para todos nós; mantém o espirito de jovialidade, consegue atravessar o tempo, permanece atual e ativo, saber se reinventar, mantém-se entrosado com os sacerdotes, jovens ou não”.
A presidente do Instituto Memorial e de Promoção Humana Dom José Mauro Ramalho, professora da Faculdade de Educação Ciências e Letras de Iguatu (Fecli/Uece), Socorro Pinheiro, evidenciou a marca da simplicidade e da alegria sempre presentes em monsenhor Queiroga. “O seu coração está sempre cheio do amor de Deus e ele consegue levar esse amor para muitas pessoas de um jeito muito bonito, próprio e especial”.
Para a secretária, Fátima Sobreira Carneiro, “monsenhor Queiroga é um grande amigo da família e temos ele muito presente em nossas vidas. Ele é um ser humano especial, homem da escuta, do diálogo, da alegria”.
A amiga Senhorinha Soares lembrou que “o ministério de monsenhor Queiroga teve uma forte contribuição na formação das Comunidades Eclesiais de Base em toda diocese, trabalho com as famílias, juventude, diálogo, amizade, compreensão, e assim tem se revelado um pastor iluminado”.
Outra amiga, Miriam Mendonça pontuou “o carinho, a amizade e a dedicação à igreja e aos amigos e apontou que ele é um dos sacerdotes mais queridos da diocese de Iguatu”.
Devoção
Monsenhor Queiroga expressa sua devoção por Nossa Senhora e relata: “A minha vida é muito ligada à Nossa Senhora. Nasci no dia 7 de outubro (Nossa Senhora do Rosário); fiz a 1ª Comunhão no dia 24 de setembro (que, em Mombaça, se celebrava a festa de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro); e me ordenei no dia 12 de dezembro (Nossa Senhora de Guadalupe). E a 1ª missa celebrei no dia 13, de manhã, também em Mombaça.
Monsenhor Queiroga deixa uma mensagem para nós: “Houve uma parada, que seja tempo de revisão, com esperança de realizar um trabalho novo, acreditando nas forças das bases e dos grupos organizados”.
Saiba mais
Afonso Queiroga da Silva nasceu no sítio Floresta, em Souza (PB), em 07 de outubro de 1936. Veio de uma família de nove filhos. Seus pais se mudaram para o Ceará em 1945, pois tiveram notícias de que as terras eram mais baratas e boas para trabalhar e comprou um terreno rural, no sítio Condado, em Mombaça.
Aos 14 anos, ingressou no Seminário Menor de Fortaleza para os estudos secundários. Foi ordenado sacerdote aos 12 de dezembro de 1964, por Dom José Mauro Ramalho, na cidade de Mombaça, com 28 anos.
Foi padre em Milhã, Iguatu (Senhora Santana e Nossa Senhora do Perpétuo Socorro), Cedro, Catarina.
Em 2015, ao completar 51 anos de sacerdócio, padre Queiroga recebeu o título de monsenhor, conferido pelo Papa Francisco, a homenagem e o reconhecimento da Diocese de Iguatu, pela prontidão para servir e dedicação exemplar e inspiradora. Atualmente é Diretor Espiritual do Seminário, do Terço dos Homens da Mãe Rainha; e sócio fundador do Instituto Memorial de Promoção Humana Dom José Mauro Ramalho.
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