Ceará se destaca em setembro com o saldo de recuperação de empregos formais

30/10/2021

Rogério Gomes
Correspondente em Fortaleza

 

Em meio aos momentos turbulentos da economia nacional, o Ceará registrou recorde histórico de saldo de empregos no acumulado dos meses de janeiro a setembro de 2021. Dos dados divulgados nos últimos 25 anos pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, a soma dos nove primeiros meses deste ano já detém o melhor resultado alcançado pelo Estado, se equiparado a todos os anos anteriores completos, com 75.376 postos formais.

“É um feito realmente relevante, se levarmos em consideração a crise econômica, períodos alternados de seca, grandes dificuldades no Brasil e no mundo com a pandemia, isso tudo torna relevante esse resultado”, disse o secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Maia Júnior.

Setembro foi o sexto mês consecutivo em crescimento, onde 13.667 novas vagas foram criadas, decorrentes da relação entre o número de contratações com carteira assinada (47.068), que superou o de demissões (33.401). “Temos muito a comemorar, mas ainda falta uma caminhada longa para que realmente possamos atingir um perfil de serviço que a população cearense merece e espera. Vamos continuar trabalhando para alcançar marcas melhores ainda”, completou Maia Júnior.

De acordo com avaliação do Núcleo de Inteligência e Assuntos Estratégicos da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), vinculada à Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), a concepção e estruturação de um modelo para a ambiência de negócios do Estado, a saúde fiscal e os investimentos públicos feitos pelo Governo do Ceará nos últimos anos estão entre os maiores responsáveis pelo recorde histórico.

Em 2020, o Estado investiu R$ 2,48 bilhões, o que corresponde a 11,27% de sua corrente líquida e representa o maior percentual entre os estados brasileiros desde 2014. O aporte é considerado uma variável expressiva para o crescimento econômico regional, tendo em vista que impulsiona a geração de riqueza e contribui diretamente para o aumento de renda e criação de novos postos de trabalho.

Outro fator apontado é a vacinação em massa e o programa de reabertura da economia na pandemia do coronavírus, responsáveis por gerar um resultado 443% superior ao pior momento da crise, registrado em 2020.

O pacote estadual com 23 medidas tributárias como forma de apoio às empresas cearenses durante a pandemia também foi classificado como aliado para alavancar o potencial dos investimentos e estimular a economia.

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