Após se tornar mãe, há 11 meses, Joice Mota viu no empreendedorismo uma saída para ajudar na renda de casa e continuar ativa no mercado de trabalho. Foi a maternidade que deu esse empurrãozinho para que ela virasse empreendedora. Foi daí que nasceu a Frufruzinha. A marca tem como foco as vestimentas infantis femininas.
“Quando Catarina nasceu, vi aquela bonequinha linda, pequenina, bem vestidinha. Foi quem me lembrei de quando era criança, costumava fazer roupinhas para minhas bonecas, de minhas irmãs. Mas eu fazia e vendia para elas. Sempre tive esse tino empreendedor”, conta Joice, que agora viu o que era brincadeira no passado, se tornar realidade. Há cerca de quatro meses começou a vender as vestimentas. Mas segundo a empreendedora, aliar a experiência da maternidade à difícil tarefa do mundo dos negócios não é fácil. “Crio mais no período da noite, ou quando Catarina está dormindo. Ela estar prestes a completar um ano, está bem esperta, requer muita atenção da gente. Mas, ela ajuda sendo minha modelo. Porque as peças que faço, são inspiradas nela”, acrescentou.
Mudança
Joice trocou o trabalho na área técnica de elaboração de projetos de irrigação, área na qual é formada, para se dedicar ao próprio negócio. “Quando eu descobri a gravidez, já sabia que eu não voltaria mais para o mercado de trabalho no formato CLT. Eu senti que as mulheres, quando se tornam mães, fica mais difícil de se encaixar naquele mundo de antes. Foi onde eu decidi que iria trabalhar com o público infantil. Às vezes fico extremamente cansada. Kevin, meu marido, às vezes reclama, pede para eu descansar. Mas eu sei, se eu não fizer, não vai ter quem faça. Por isso eu faço. É difícil, mas eu faço com carinho e gosto”.
As ideias de cada peça são repassadas para o papel. O cuidado é de sempre fazer uma moda de qualidade, conforto e ajustáveis para vestir bem as crianças. Outra sacada foi criar embalagens personalizadas. Essa preocupação também se reflete na questão ambiental. As peças são enviadas dentro de uma sacolinha de papel, estampada com a marca do negócio, carimbada com tinta à base de água. Aposta no diferencial foge do tradicional para algo mais próprio, personalizado. “As crianças recebem a peça com dedicatória, sempre vai um frufruzinho, uma surpresinha para a peça. Isso sempre seguindo aquela coleção. Estamos agora com coleção de Natal. As de halloween foi um sucesso, vendemos todas as peças”, ressalta.
A jovem recorreu a cursos e experiências para colocar o sonho em prática. O projeto também tem foco na geração de renda. A costureira Rogevânia Araújo, que mora no Sítio Açude do Governo, zona rural de Iguatu, é responsável pela execução de cada peça. A parceria tem dado certo. O negócio em pouco tempo tem melhorado a renda das famílias. “É um dinheiro que chegou em boa hora. Principalmente na pandemia, porque eu sempre costurei para mim, fazendo roupas, consertando peças. Mas essa ideia, essa parceria com a Joice, foi boa, porque eu faço as peças e ganho por produção e, graças a Deus, tem vendido bem”, disse Rogevânia.
Como estratégia de divulgação e comercialização, o uso de redes sociais tem contribuído muito. As pessoas podem conhecer mais sobre o trabalho pelo perfil no instagram: @frufru_zinha.
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