Iguatu terminou o ano de 2021 com 25 Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLIs), a soma de homicídios dolosos, feminicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. O montante representa um aumento de 14% na comparação com 2020, quando 22 assassinatos foram registrados. Mesmo em alta, o número ainda é menor da média histórica registrada na cidade. O ano mais violento em Iguatu foi em 2017, quando ocorreram 40 mortes.

O ano de menor registro foi em 2019, quando 14 pessoas perderam suas vidas.  Em 2018, Iguatu registrou 37 homicídios.

Os meses janeiro e junho de 2021 foram os mais violentos conforme o balanço, com registro de 5 e 6 casos, respectivamente. Iguatu teve quatro meses de tranquilidade sem contabilização de nenhuma ocorrência; março, agosto, outubro e dezembro.

Balanço e elucidação

O balanço foi divulgado na quarta-feira, 5, pela Delegacia Regional de Polícia Civil de Iguatu. Em comunicado de imprensa, o departamento ponderou que a média de elucidação dos casos ainda permanece acima da média nacional de 44%. Dos casos, 14 crimes tiveram apresentação de um indiciado pelo fato. “Por mais um ano ficamos com mais 50% dos casos elucidados. Avaliamos isso positivamente porque mostra que enfrentamos o crime com muito trabalho”, disse Marcos Sandro, delegado regional.

Na contramão da investigação é avaliada a morosidade judicial como principal dificuldade do sistema em responsabilizar autores de homicídios. O contexto tem gerado um sentimento de impunidade.

A Polícia Civil em conjunto com demais forças de segurança desencadearam três operações. Um total de 43 prisões e apreensões de suspeitos no envolvimento no crime organizado foram capturados. Cerca de 10 armas foram apreendidas pela polícia judiciária no último ano. “Fomos às ruas. O trabalho não foi somente burocrático. E a população nos ajudou muito nesse enfrentamento”, pontuou Sandro.

O departamento divulgou ainda o número de Boletins de Ocorrência (BOs): 5.433 registros, 10% a mais do que no ano passado. Já os Inquéritos Policiais (IPs): 734 (-4%); Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCOs): 435 (-3%); Atos Infracionais (AIs): 77 (-35%).