Faleceu na quarta-feira (02) o comerciante aposentado Luiz José da Silva Gonzaga, aos 91 anos. Luiz Gonzaga era pai do advogado e diretor da CDL de Iguatu, Norberdson Fernandes. Morava com a esposa Adália Fernandes, na Rua Deocleciano Bezerra. Filho natural do município de Acopiara, ainda jovem Luiz Gonzaga migrou para Iguatu, no final da década de 50, onde fez carreira no comércio e foi destaque em toda região como representante das gigantes Souza Cruz, fabricante de tabaco, e Microlite, distribuidora das pilhas Rayovac.
Amigos da família e outros veteranos que atuaram no comércio no mesmo período do auge na carreira de Gonzaga lamentaram a morte do amigo. De acordo com a família, ele sofreu uma crise de hipotensão, é quando a pressão arterial fica abaixo de 9 por 6. Isso, segundo o boletim médico, teria causado uma arritmia cardíaca, principal causa da morte. O velório aconteceu no Memorial Caminho da Paz em Iguatu, e o sepultamento no cemitério de Acopiara, sua terra natal.
No grupo de WhatsApp da Câmara de Dirigentes Lojistas, todos os diretores se solidarizaram e prestaram suas condolências ao sócio-diretor Norberdson Fernandes pelo falecimento do seu genitor. Norberson manifestou seus agradecimentos em nome da família, usando uma frase do Hino da Nação Lojista, como forma também de homenagear seu pai: “Amizade é a nossa raiz”. “Com a reprodução dessa pequena parte do hino da nação lojista, quero agradecer a todos os amigos e amigas da nossa CDL Iguatu que dirigiram a mim e a minha família palavras de conforto neste momento difícil. Nunca é demais lembrar que todos os lojistas que no passado (recente ou não) geraram riquezas para nossa economia, são dignos de reconhecimento pelo trabalho realizado. Aqui ressalto alguns que a memória me traz agora: Sebastião Sobreira, Edvane Matias, Alfredo Felipe, José Edésio, Vicente Bezerra Costa (Bezerrinha) e tantos outros que aqui poderia registrar. Assim, deixo o meu registro de gratidão pelo carinho dispensando por cada um de vocês, obrigado!”.
Trajetória
Luiz Gonzaga iniciou sua vida profissional na agricultura, juntamente com o seu pai, no sítio Maxixeiro, zona rural de Acopiara. Quando ainda adolescente foi trabalhar com o cunhado, comerciante Antônio Divino num pequeno comércio na cidade de Acopiara. Tempos mais tarde, Antônio Divino mudou para Iguatu com o comércio e Luiz Gonzaga veio junto. Na época, final da década de 60, por volta de 1956, já passou a trabalhar em sociedade com o cunhado, iniciando assim sua vida empresarial.
Em 1958, com a grande seca que assolou o Nordeste, foram eles, os dois sócios, que passaram a abastecer os funcionários das frentes de serviços do DNOCS, que trabalhavam na construção de açudes e abertura de estradas. Neste mesmo ano, (1958), o sócio Gonzaga ganhou um prêmio na loteria estadual. Com o valor obtido, investiu todo o dinheiro no próprio negócio dando assim impulso a sua atividade empresarial.
No dia 20 de dezembro de 1960 casou-se com a jovem acopiarense Antônia Adália Fernandes Alves e Silva, com quem teve 5 filhos: Ana Lúcia, Carlos Gonzaga, Norberdson Fernandes, Tácito e Sâmia. No ano de 1961, a sociedade com o cunhado Antônio Divino terminou. A partir de então, Gonzaga decidiu seguir sozinho a carreira empresarial.
Ainda na década de 1960, fundou a empresa Gonzaga Vieira & Cia, e passou a ser distribuidor exclusivo de indústrias importantes, como a Souza Cruz (tabacos) e Microlite (pilhas Rayovac), tornando-se um dos maiores empresários da região.
Leitor assíduo
Em sua vida social foi também um membro efetivo do Rotary Clube de Iguatu. Gonzaga era um leitor assíduo do jornal A Praça. Há três anos ele foi tema de pauta na edição de nº 974, quando o periódico estava publicando série de matérias com os leitores antes da edição de nº mil.
Leia trecho extraído da edição do A Praça, disponível no portal do jornal, pelo link: https://www.jornalapraca.com.br/luiz-jose-da-silva-gonzaga/amp/. “Entre esses leitores está nosso leitor Luiz José da Silva Gonzaga, que aos 88 anos de idade, apesar das limitações com a visão, ainda consegue fazer do jornal uma importante fonte de informação. “Não consigo ler os textos porque a visão não está boa, mas leio as manchetes e entendo o que a notícia traz”, revela.
Morador da Rua Deocleciano Bezerra, nº 580, desde a década de 1960, o senhor Gonzaga é aquele leitor que aguarda ansiosamente pela chegada do jornal a sua casa nas manhãs de sábado. Quando o gazeteiro atrasa, ele reclama: “cadê o jornal, por que ainda não chegou”, contou a esposa Adália Fernandes da Silva, companheira de 59 anos de vida a dois.
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