Com o tema: “60 anos de profetismo, pela vida e o bem viver”, a comunidade católica de Iguatu celebra seis décadas de instalação da diocese. Missas, encontros e a inauguração de um busto ao lado da igreja matriz de Senhora Sant’Ana, em homenagem a dom Mauro Ramalho, primeiro bispo diocesano, fizeram parte da programação que, por conta da pandemia, foi bem restrita.
“Não tivemos como fazer uma festa grande, por conta do tempo ainda inspira cuidados pela pandemia da Covid-19. Não pudemos fazer uma festa, do modo que a diocese merecia, mas era o que no momento poderíamos abraçar, contemplar. Sempre o nosso cuidado foi esse lembrar de tantos personagens que ao longo dos 60 anos, homens, mulheres, religiosos, os clérigos, os quatro bispos que fizeram e fazem essa diocese acontecer”, ressalta o padre João Emanuel de Souza, reitor da quase paróquia de Santo Expedito, no bairro Jardim Oásis que coordenou a programação de aniversário da diocese.
Instalação
A instalação da diocese aconteceu em 1962, com a nomeação de dom Mauro. A igreja matriz de Sant’Ana se tornou Sé Catedral, até a inauguração do novo templo, erguido na Rua 13 de maio, inaugurado em 2006. Ao longo desses 60 anos, a diocese teve à frente quatro bispos: Dom Mauro Ramalho, que assumiu em 1962 e permaneceu até os anos 2000, dom José Doth, de 2000 a 2009, dom João José Costa, de 2009 a 2014, e dom Edson de Castro Homem, de 2015 até o ano passado.
Para a professora universitária e pesquisadora Socorro Pinheiro, cada religioso teve seu modo de conduzir a diocese de Iguatu, a partir de suas experiências, percepções e das exigências inerentes a sua missão. “Vejo esse momento de coroamento de tudo que já foi vivenciado nessa longa trajetória. 60 anos de muitas conquistas da igreja, de muita expansão, de fortalecimento da fé do povo de Iguatu”, ponderou a pós-doutora em Literatura.
Com a renúncia de dom Edson de Castro Homem, ano passado, que deixou a direção da diocese para tratar problemas de saúde, no Rio de Janeiro, seu estado natal, a diocese de Iguatu passou a ser administrada interinamente por um colégio de consultores, tendo à frente o padre João Batista. “É uma diocese jovem, se considerarmos a presença da igreja Católica no mundo e em tantos países e sobretudo aqui no Estado do Ceará, mas são 60 anos não só de jovialidade, mas também de grande importância, porque tantas coisas boas e belas foram realizadas. Eu me sinto parte dessa história, e sei que vocês também, presbitério de modo especial, religiosas, religiosos e tantas outras pessoas que fazem parte do nosso laicato, e tem esse senso de pertencer pelo trabalho, dedicação e amor fazem parte dessa história”, disse o bispo emérito dom Edson de Castro Homem, em pronunciamento à população diocesana nesse momento festivo.
Gratidão e comunhão
Quem também expressou gratidão à diocese de Iguatu foi dom João Costa, terceiro bispo diocesano, atualmente arcebispo da Arquidiocese de Aracaju, Sergipe. “Quero expressar minha gratidão à diocese de Iguatu, que é uma belíssima igreja. Quero expressar minha comunhão para com o clero de Iguatu, a qual estendo a todos os religiosos, religiosas, movimentos, serviços, pastorais. Foi um presente de Deus de ter ficado aí há quase seis anos convivendo com vocês celebrando agora esses 60 anos de história. Quero expressar minha comunhão para com todos. Agradecer e ao mesmo tempo interceder a Deus para que essa diocese cresça cada vez mais. Guardo sempre no meu coração, com muita saudade desta terra que me acolheu. Essa igreja diocesana avance cada vez mais. Gostaria muito de estar aí para celebrar com vocês, essa data tão significativa. Que Deus abençoe a todos”, declarou dom João José Costa.
A catedral
Marco na história religiosa iguatuense, a catedral se destaca pela sua arquitetura e
grandiosidade, reveladas, por exemplo, nas imponentes torres. A catedral diocesana era um sonho de dom Mauro, mas que foi construída pelo sucessor dom José Doth. Foram seis anos de empenho e dedicação do religioso com expressivo apoio comunitário, para erguer o templo no período de 2001 a 2006. O templo é dedicado a São José, padroeiro do Ceará, e também da própria diocese. Por lá, tem sempre alguém rezando, pedindo ou agradecendo.
“Não conhecia a nossa catedral. É linda! Moro na zona rural de Acopiara, nunca tinha tido a oportunidade de fazer essa visita. Hoje, graças a Deus, pude conhecer. É linda! Vim aproveitar para agradecer a Deus pela vida, pedir também que essa doença, que tanta gente já foi morta, acabe. Que Deus nos abençoe”, declarou a agricultora Gracilda Amorim.
Serviço
Para conhecer mais a história da diocese, acompanhar relatos, vídeos, fotos e registros das ações da diocese e suas paróquias é só acessar o site https://www.diocesedeiguatu.org.br//
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