Os professores da rede municipal de Iguatu promoveram ato de paralisação na quinta-feira, 17. A ação faz parte do calendário de atividades do estado grevista da categoria que teve interrupção após decisão em liminar a favor do município pelo fim do movimento. A decisão foi revogada na última semana e o impasse foi novamente restabelecido.
A pauta principal é a luta da categoria pelo pagamento integral e linear do repasse de 33,24% no reajuste do pagamento conforme autorizado pelo Governo Federal, através da Lei do Piso Nacional do Magistério. A prefeitura em contraproposta oferta o aumento de apenas 10,18%. As negociações que têm à frente o Sindicato dos Servidores Municipais de Iguatu (SPUMI) e Associação dos Professores seguem há quase uma semana paralisadas. “Os colegas professores estão firmes na luta. É por direito. Estamos dispostos a compor uma comissão através de uma assessoria técnica para irmos a fundo na análise do que é repassado e aplicado”, disse Sayonara Fernandes, presidente do SPUMI.
Os profissionais fizeram cartazes e com gritos de ordem se reuniram na praça Demóstenes de Carvalho no centro de Iguatu. A mobilização percorreu também as principais ruas contando com lideranças sindicais estaduais. A greve geral não está descartada pelos sindicalistas. Se o chamado sindical não obtiver resposta, uma nova assembleia deve ocorrer traçando o encaminhamento definitivos.
Município
O município, através do gestor Ednaldo Lavor, já sancionou o reajuste sugerido mesmo diante da insatisfação da categoria. Em última nota divulgada à imprensa, o poder público alega que o percentual pedido pelo magistério colocaria em risco direitos assegurados no PCRM, como a progressão na carreira e diferença entre os níveis pedagógicos, que garante o aumento do vencimento a cada três anos. A nota informa ainda que a proposta apresentada e a aplicação do recurso público com os profissionais da Educação ultrapassam o limite de 70% imposto por lei de responsabilidade fiscal.
Estado
Professores das redes municipais de Barbalha, Beberibe, Crateús, Independência e Morada Nova decidiram entrar em greve reivindicando o reajuste do piso do magistério 2022, de 33,24%, negado pelos gestores das cidades. Até o dia 11, professores de 100 cidades do Ceará já haviam conquistado o reajuste salarial do piso do magistério 2022, segundo levantamento feito pela Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce).
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