De passagem pela ponte Demócrito Rocha, ou mesmo uma rápida visita ao rio Jaguaribe, que apresenta cheia, proporcionada pelas chuvas que caem com mais intensidade neste mês de março, chama atenção. É comum presenciar praticamente o dia todo alguém que vai até o rio registrar ou só apreciar o grande volume de água que escorre em direção ao açude Orós.
“Para mim, é prazeroso ver isso aqui. Porque significa que vai encher os reservatórios de água, vai ter por mais tempo água nos poços, nos açudes, no rio. Vai ajudar na produção da agricultura, criação de animais. Além de ser um espetáculo bonito. Aproveitei o final do dia para ver como estava. Só o que se comenta. É a cheia do rio. Muitos têm medo que ele receba muita água, como antigamente. Estava bem mais cheio, além de ser um ponto turístico também”, disse o vigilante Cristiano Ricarte, que visitou o rio ao lado da esposa Toinha Moreira, e do cachorrinho Billy. “Essa foi a primeira vez que vi o rio assim cheio. É muito bonito. Só tinha visto em foto e pela internet. Chama atenção mesmo, muita água. A gente viveu um tempo grande de seca, estava sendo raro isso aqui pra gente vê. Essa foi a primeira vez que vim até a ponte ver o rio assim”, acrescentou a dona de casa.
Para o agricultor Ramiro Crispim, as cheias proporcionadas pelas chuvas no Jaguaribe é motivo de alegria. “Água é vida. Tem pesca, o bicho tem o que beber, tem o comer. A gente que plantou espera agora o tempo para colher. Já estou comendo feijão-verde. Logo, vai ter milho pra gente comer na Semana Santa”.
Nível variável de volume
Desde que apresentou a primeira cheia, na semana passada, o rio Jaguaribe vem mantendo nível variável de volume, alcançando na quinta-feira, 17, mais de 4 metros de altura. Até ontem sexta-feira, 18, o nível “hoje pela manhã, às 7h, chegou a 4,38m. Está baixando. Na quinta-feira, às 17h, estava com 4,57m. Ele vem mantendo essa variação, com leve rebaixamento no seu nível. Pelo volume de chuvas e até mesmo pela cheia amena, não vejo motivo de medo, nem de pânico como muitos fazem. Essa água para represar aqui primeiro teria que encher o Orós, que ainda está com pouco mais de 20% da capacidade, essa água vai escorrendo para lá”, explica Cieudo Silva, observador pluviométrico, que faz anotações diárias para CPRM e ANA.
Os dados coletados são anotados e enviados para a Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais (CPRM), e para a Agência Nacional das Águas, (ANA).
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