A recarga recorrente do açude Carlos Roberto Costa (Trussu) dá sobrevida ao manancial com as chuvas que banham a região, atreladas com as águas que chegam por meio do curso dos afluentes. O Trussu, hoje com o percentual hídrico de 30,42 % de sua capacidade, não sangra desde maio de 2011. Os atuais números não eram vistos desde maio de 2021.
Somente neste mês de março o aumento de volume foi de 1,44cm. As sucessivas recargas em 2022 já dão possibilidade de garantia hídrica para os próximos dois ou três anos à população da sede. “Já podemos analisar essa seguridade. Claro que a orientação é repreender a cultura do desperdício”, afirmou Edval Lavor, assessor técnico do SAAE.
Os níveis são atualizados diariamente pela Companhia de Gestão e Recursos Hídricos – COGERH-Iguatu. O percentual está próximo a superar o melhor registro do ano passado, quando foram contabilizados 30,56% da capacidade total.
Trussu é o segundo maior reservatório da Bacia do Alto Jaguaribe que abrange 24 açudes. O açude de Iguatu fica atrás somente do Juscelino Kubitschek, “açude Orós”, o segundo maior do estado também. Ele hoje se encontra com sua capacidade de 606 milhões m³, um total de 31,28% da capacidade, percentual só visto em agosto de 2015.
Ceará
Mais três reservatórios começaram a sangrar nesta semana: Itapebussu, em Maranguape, Muquém, em Cariús, e Angicos, em Coreaú. Outros seis reservatórios estão acima de 90% e podem atingir a mesma condição nos próximos dias caso as recargas hídricas continuem aumentando. Segundo o Portal Hidrológico, os 13 reservatórios estão transbordando no Ceará, eles somam juntos um aporte de 322 milhões de metros cúbicos (m³). O número é menor do que a recarga do Castanhão, maior reservatório do Estado. O açude concentra cerca de 859 milhões de m³, volume que corresponde a 12,83% da sua capacidade total.
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