A paixão de colecionador de vinil e VHS que leva projetos audiovisuais para comunidades

16/04/2022

Disco de vinil (LP), CD (Compact Disc), fitas K7 e também as VHS, aquelas mesmas que podem ser assistidas através do aparelho de videocassete, são peças que ainda resistem ao tempo. Isso porque até pouco tempo era comum as pessoas irem a uma locadora para escolher o filme, ou a uma loja especializada na venda de discos e levar um LP (Long Play) para casa e curtir aquelas músicas das paradas de sucesso, aquele cantor ou banda preferidos.

Chegar a casa, colocar o “bolachão” no toca-discos, eita que nostalgia! Atualmente com as facilidades tecnológicas o acesso a músicas e filmes está bem mais fácil e prático, através dos streamings, pela internet. “Porém, é bem diferente. O prazer de colocar o disco para tocar e escutar aquele chiado é sem igual. É relaxante”, isso o que diz Rheginaldo Linhares, ator, diretor teatral e também colecionador de artigos retrô. Entre esses objetos estão discos de vinil e filmes em DVD. As coleções foram iniciadas ainda na juventude. Com o passar do tempo são mais de 700 discos (LP) e 800 filmes (VHS).

“Colecionar artigos retrô surgiu na minha vida por acaso. Fui ganhando umas coisas, conseguindo outras ali. Tenho coisas que eram guardadas desde a minha infância, adolescência e assim fui começando minhas coleções em si”, disse. Final dos anos 90, quando começou a grandiosidade que se tornou o CD, e o vinil foi ficando para trás, Rheginaldo passou a guardar alguns discos. “Pouco a pouco, bem devagar, fui começando a coleção que conta hoje com mais de 700 discos. A minha prioridade sempre foi trilhas de novelas. Ainda continuo em busca de discos mais antigos. Minha coleção é bem modesta”, contou, enquanto escolhia um disco e colocou para tocar, a música da banda 14 BIS, ‘Eu caçador de mim’. “As trilhas sonoras nos anos 80 eram febre. As lojas vendiam muitos discos, além das músicas, das trilhas. A gente tinha a expectativa de quem ia vir nas capas dos discos. Lembro que no começo era só logo da novela, depois começaram a vir as fotos dos artistas. A gente vivia essa expectativa de quem viria na capa. Muito bom”, relembrou, contando ainda que para colocar o disco tem toda uma sequência: tirar o disco da capa, depois do plástico de proteção, escolher o lado que ia tocar ‘A’ ou ‘B’ pegar no ‘braço’ e colocar na primeira faixa ou naquela desejada. “Além disso, os cuidados para proteger os discos de arranhões. Muito bom, é um prazer sem igual”.

O começo

Além dos discos, Reginaldo também apresentou para nossa reportagem parte da coleção de filmes VHS (Vídeo Home System). Meus pais não tinham condições de comprar um videocassete, então eu assistia na casa de amigos, de parentes. Isso era uma mágica para mim. Aqui em Iguatu já teve cinema, mas na minha época não tinha mais. Eu não tive o prazer de ir ao cinema para ver um lançamento. Foi pensando nisso que comecei a me apaixonar pelo VHS, e começou também pouco a pouco. Em Iguatu, tinha uma antiga locadora que estava migrando do VHS para o DVD, eles começaram a vender as fitas por R$ 10,00 com o passar do tempo baixaram, chegando até R$ 2,00. Eu reservava um pouquinho de dinheiro que conseguia trabalhando e comprava um filme. Com o passar do tempo os filmes ‘encalhados’, recebi um convite para ir na locadora, o dono me deu vários filmes. Foi assim que dei uma guinada na minha coleção e com isso fui aumentando meu acervo. Em 2017, ganhei um aparelho de videocassete. Depois fui organizando, comprando outros e mais filmes e ganhando uns aparelhos”, ressaltou.

Mágica, envolvente

Rheginaldo, após um período em parceria com a Associação de Moradores do Sítio Salsa, em Quixelô, criou um projeto de exibição de filmes para o público. “A sessão VHS foi em parceria com moradores da Salsa, com mesmo sucesso, vontade das pessoas em assistir. Consegui levar essa nostalgia para eles. Oportunizar às pessoas que nunca tiveram oportunidade de assistir a um filme em uma tela grande me encheu de emoção. “Os depoimentos das pessoas é uma mágica, o assistir é envolvente”. Complementou o artista que completa este ano 25 anos de carreira.

Atualmente Rheginaldo faz parte do grupo de teatro Guardiões Teatrais. “Já passei por outros grupos, mas comecei no grupo Metamorfose, do mestre Cleodon de Oliveira. Comecei como figurante. Com o passar dos anos a gente foi participando de oficinas, se aprimorando. Eu nunca fiz faculdade, mas aprendi com a convivência com outras pessoas mais experientes. Ainda hoje aprendo”, complementou, esperando ganhar mais discos ou filmes.

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