A partir do mês de maio, os que quiserem usufruir do serviço de entrega de medicamentos em domicílio terão que arcar com o pagamento de uma taxa, tabelado no valor de R$ 2,99. Apenas as farmácias que pertencem às grandes redes faziam a cobrança. Agora mais 23 farmácias e drogarias se somam com a ideia de melhorar o serviço e garantir a manutenção e emprego dos profissionais entregadores.
Os profissionais empresários do segmento se articulam para lançar uma representação associativista na própria cidade e debater novas demandas do mercado. Por meio de nota, o “Mercado Farma Iguatu” divulgou com antecedência a informação pelas redes sociais.
A decisão foi alinhada com Sindicato dos Dirigentes Lojistas de Iguatu (Sindlojas). “A gente tem acompanhado todas essas mudanças que a pandemia da Covid tem trazido ao comércio, tanto local como estadual. No tocante ao mercado farmacêutico, fomos procurados por lojas que têm encontrado grandes dificuldades para se manter de pé ante ao impacto financeiro que hoje o serviço de entrega traz para as lojas, para você ter uma ideia corresponde a praticamente 10% do faturamento bruto”, afirmou o presidente da entidade Bento de Souza.
A categoria enxerga no mercado três gargalos que dificultam o trabalho desse serviço pelas lojas. A horizontalidade do município, custo dos combustíveis, e o hábito de não pedir todos os produtos em uma única farmácia. “Iguatu cresceu muito horizontalmente, não cresceu verticalmente, concentrando a população em um perímetro urbano muito grande e isso encarece muito o custo do serviço de entrega. O custo dos combustíveis teve um aumento de mais de 60% nos últimos dois anos e os clientes tendem a fazer pedidos em várias lojas, não concentrando os pedidos, o que encarece ao mesmo tempo a entrega para todas as lojas, independentemente de onde elas estejam localizadas”, explicou Bento.
As farmácias de Iguatu empregam cerca de 40 motoqueiros. Algumas optam por ter motoqueiro próprio. Outras terceirizam. A reportagem apurou que não são todos os estabelecimentos farmacêuticos que cobram a taxa.
Direito à informação
A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) observa que a taxa para entrega só poderá ser cobrada se o consumidor for avisado previamente. O entendimento decorre do que dispõe o Código de Defesa do Consumidor em relação ao direito à informação. A Proteste recomenda que o consumidor pesquise entre vários estabelecimentos para comparar preços e verificar se existe a taxa de entrega.
0 comentários