A sede da prefeitura e secretarias, assim como residências de agentes políticos e a Câmara Municipal de Iguatu, foram alvos de operações Mandrake e Liteiras do Ministério Público com apoio da Polícia Civil, nesta quarta-feira, 13.
Foram averiguados supostos crimes contra a administração pública e indícios de enriquecimento ilícito por meio de serviços não prestados, embora os pagamentos tenham sido integralmente realizados.
Mais de 12 viaturas da Polícia Civil e oito equipes do MP participaram da ação. A investigação apura a existência de supostos crimes contra a administração pública, como peculato, fraude em licitações e lavagem de dinheiro, em contratos firmados pelo município de Iguatu e pela Câmara dos Vereadores com empresas prestadoras de serviço.
A operação teve à frente o Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC) da 5ª Promotoria de Justiça de Iguatu. O nome dos investigados não foram divulgados pelos órgãos.
A Operação denominada de Mandrake apura contratação de empresa pelo município e pela Câmara dos Vereadores para prestar serviços de marketing e propaganda. As diligências realizadas durante a investigação apontam para a existência de fraude em licitações e direcionamento para a referida empresa, que teria sido criada especificamente para receber recursos advindos da contratação irregular no ano de 2018.
Operação Liteiras
Já na Operação Liteiras, o MP investiga supostos crimes no âmbito de contratos do município com empresa de locação de veículos. No decorrer da apuração, foram identificadas suspeitas de direcionamento da licitação para favorecer determinada empresa e de fraude na execução dos serviços, uma vez que parte dos veículos locados não ficavam à disposição do município, culminando em pagamentos indevidos pela gestão pública e lucro ilícito da empresa contratada e dos seus proprietários.
Montante
Foram apreendidos computadores, telefones celulares e documentos, além de cerca de R$ 52 mil em espécie, encontrados na residência de um dos ex-gestores investigados. Ao todo, os contratos investigados somam mais de R$ 15 milhões em recursos públicos. O próximo passo é identificar todos os gestores e empresários envolvidos na suposta fraude e eventualmente beneficiados com as irregularidades.
A reportagem procurou o poder público e a Câmara Municipal, mas ambos não divulgaram um posicionamento sobre os casos.
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