Quem passa pela Avenida Dário Rabelo, próximo ao campus Humberto Teixeira, no bairro Santo Antônio, voltou a presenciar a venda de produtos agroecológicos do projeto socioambiental Balaio Agroecológico.
Desde o início desta semana, a banquinha foi montada na avenida. A ação idealizada pelos agricultores Júnior César e Dauyzio Silva foi iniciada há três anos, quando os produtos passaram a ser comercializados por ‘delivery’. Na época, as pessoas montavam no balaio virtual seus pedidos e recebiam os produtos em suas casas. “Toda retomada é difícil, mas estamos voltando com a oferta de produtos com qualidade de sempre. E o melhor: sem o uso de agrotóxicos. Tivemos que parar as vendas. Mas estamos de volta e agora todos os dias, de segunda a sexta-feira, a partir das 6h da manhã, estaremos aqui. Estamos voltando a ter contato direto com as pessoas. Muitos ainda desconhecem, mas quem compra vira cliente. As pessoas têm muita curiosidade sobre a origem, como produzimos e explicamos também para elas. Isso ajuda a desmistificar também a questão do preço. Vendemos produtos que além de todos os benefícios à saúde têm preço justo”, comentou o acadêmico de Biologia e agricultor agroecológico Dauyzio Silva.
A produção acontece por meio do sistema agroflorestal, no Sítio Juazeirinho, zona rural de Iguatu. Os agricultores inicialmente conseguiram recuperar uma área com cerca de um hectare, que antes era área de pastagem, transformando em um espaço verde cercado de plantas nativas, frutíferas. Diversidade natural que vem se sobressaindo contribuindo com a produção natural, sem o uso de produtos agrotóxicos. E o melhor é que por meio de ações de conscientização têm envolvido outros agricultores familiares que passaram a mudar as formas de plantio e passaram a integrar essa cadeia produtiva.
Alimentos saudáveis
Em relação ao preço, a variação chega a ser pouca quando comparada com produtos da agricultura convencional. De acordo com Silva, o preço dos produtos é baseado no custo. As hortaliças têm preços variados, muitas até mesmo com preços abaixo de marcado. Verduras ‘molho’ é vendido a R $2,00, as frutas variam de acordo com o produto. Além de hortaliças e frutas, as pessoas podem encontrar também plantas medicinais. “A gente tenta fazer o mais acessível para as pessoas, para a comunidade, querendo atender também aquelas famílias de baixa renda, que muitas vezes ficam sem poder ter acesso a um alimento por conta dos preços elevados”, complementou Dauyzio, afirmando que a ideia sempre foi que o projeto servisse de estímulo para que outros produtores também se interessem pelo sistema de plantio agroecológico aumentando, assim, a cadeia de produção natural longe de agrotóxico, ofertando alimentos mais saudáveis para as pessoas.
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