Por Magnus Lopes Braga (Estudante)*
No filme “O mínimo para viver” é retratada a condição de uma jovem lidando com a anorexia, problema este que é bastante comum aos dias de hoje. É notória a falta de preocupação do Governo com sua população neste tema. Vale ressaltar a ajuda que a mídia fornece ao corroborar esse padrão desgastante e desnecessário de beleza.
Em primeiro lugar, o Estado não provém as devidas informações sobre a saúde pública, a qual leva à urgência social de se atingir o padrão de beleza. O pensador brasileiro Paulo Freire disse: “Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é virar opressor”, trazendo para o âmbito da estética, pode-se perceber que as escolas e instituições no geral não dão dados sobre as cirurgias plásticas e dietas milagrosas, que causam impacto negativo quando feitas por profissionais questionáveis.
Por outro lado, existe o conceito de indústria cultural, atribuído por Theodor Adorno, o qual diz que a mídia é responsável por controlar as massas de forma a obter lucro. Deste modo, os canais de TV, assim como sites da internet, são encarregados de promover o padrão de beleza em suas propagandas que valorizam os corpos magros, atingindo negativamente pessoas acima do peso para o padrão.
Portanto, é imprescindível a participação do poder público e da mídia tanto na divulgação de dados que melhorem a compreensão da população sobre o assunto, quanto na qualificação dos profissionais que atuam no setor das cirurgias e dietas. Também vale ressaltar a beleza da miscigenação brasileira e o quão negativo é a ‘plastificação’ da esfera social. Ademais, as mudanças devem ocorrer de forma gradual. Somente assim, poder-se-á preservar a beleza natural do ser humano, notadamente os brasileiros.
*Texto produzido na Oficina de Redação do Professor José Roberto Duarte
0 comentários