O primeiro caso de varíola dos macacos foi confirmado em Iguatu na última segunda-feira, 26. A informação foi repassada pela Secretaria da Saúde. O órgão disse que o paciente tem 44 anos, mora em no município, e tem histórico de deslocamento recente para São Paulo, cidade que já confirmou casos da doença.
O paciente cumpre medidas de isolamento domiciliar com quadro de evolução de cura.
São quase 3 meses desde o primeiro caso de monkeypox confirmado no Ceará no dia 29 de junho e, nesse período, 248 pessoas foram contaminadas pela doença. Esse é o maior número entre os estados do Nordeste e o 5º lugar no País, como registra o boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde na quarta-feira, 28.
“É importante dizer que quem sentir os sintomas característicos que recorra a unidade de saúde mais próxima. Entre humanos, o vírus é transmitido por contato pessoal com secreções respiratórias, lesões de pele de infectados, fluidos corporais ou objetos recentemente contaminados. Em algumas cidades a transmissão já é comunitária. Estamos vigilantes a essa possibilidade, pois é uma doença viral que causa preocupação, mas ainda não é momento para alarde”, disse Dágila Bandeira, coordenadora da vigilância epidemiológica.
Sintomas
Os sinais e sintomas da monkeypox duram de 2 a 4 semanas, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), e desaparecem por conta própria, geralmente sem complicações. Os principais sintomas da monkeypox, já identificados entre os cearenses, são: lesões na pele; febre; dor de cabeça; fraqueza; dor muscular; aumento dos linfonodos do pescoço; dor de garganta; dor nas costas; suor/calafrios; dor nas articulações; lesão genital/perianal; náusea/vômito; inchaço dos gânglios; lesões na boca e mucosas; tosse; sensibilidade à luz; conjuntivite; inchaço peniano; proctite (inflamação no reto); sinais hemorrágicos.
O período de incubação do vírus monkeypox é “tipicamente de 6 a 16 dias”, mas pode chegar a 21 dias, como explica o Ministério da Saúde. Ou seja, esse é o período em que o paciente pode permanecer sem sintomas após ter contraído o vírus.
Tratamento
O tratamento dos casos suspeitos de varíola dos macacos tem se baseado, conforme boletim da Secretaria da Saúde, “no manejo da dor e do prurido, cuidados de higiene na área afetada e manutenção do balanço hidroeletrolítico”.
A maioria dos casos, observam as autoridades de saúde, apresenta sintomas leves e moderados. “Na presença de infecções bacterianas secundárias às lesões de pele, deve-se considerar antibioticoterapia”, acrescentou a Sesa. Até o momento, não há medicamento aprovado especificamente para monkeypox, embora alguns antivirais tenham demonstrado alguma atividade contra o MPXV.
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