No cardápio, as opções vão da tradicional panelada, buchada, tapioca, cuscuz, entre outras opções de lanche que são servidos nas primeiras horas da manhã. A venda de ‘merenda’ no mercado central começa cedo. Por isso que Cleide Alves tem que chegar cedinho ainda no ‘escuro’ para preparar tudo e esperar logo os primeiros clientes.
“4h, 4h30 já estou por aqui preparando tudo. Às vezes nem tem comida pronta, já tem gente esperando”, afirmou a permissionária que, entre um preparo de um prato e outro, ia conversando. “Aqui é assim, a gente não para. Atende um, outro, conversa vai, vem, e vamos nesse ritmo todo santo dia. Tem dias que a movimentação é maior. Mas, graças a Deus, não tenho do que me reclamar”, comemorou.
As comidas típicas nordestinas, tudo feito na hora, é atrativo para a clientela. Gente pelo mercado para comer as tradicionais comidas é o que não falta. Mas, pelo mercado, de tudo se encontra um pouco pela grande variedade de produtos: carnes, frutas, ervas, hortaliças, temperos, utensílios domésticos, entre outros tantos produtos sempre tem movimento. “Aqui é assim, tem movimento pra todo lado”, ressaltou o pedreiro Antônio Fernandes, apreciador da gastronomia local, afirmando que gosta de tudo, mas que prefere, além da panelada, e da buchada, cuscuz com ovo e café. “Tem dias que a gente pega uma comida mais leve. Mas costumo fazer uma alimentação reforçada para enfrentar o dia de trabalho. A gente gosta de frequentar um lugar que é conhecido, quando a gente sabe que a pessoa faz com carinho e zelo”, ponderou.
Cardápio
O mercado fica no Centro da cidade. O equipamento reúne média de visitação diária de mil pessoas, chegando bem mais no sábado. A procura pelas iguarias é intensa. A variedade de sabores e cheiros, assim como os preços, também é atrativa. Nos cardápios, opções que vão da tradicional panelada, buchada de carneiro, mão de vaca, cozido, assado de panela, baião de dois, caldo de carne, de mocotó. Porém, a preferência dos apreciadores da culinária nordestina acaba sendo a tradicional panelada. “Tem que ter. Se não tiver panelada, o povo briga. Muita gente gosta”, revelou Cleide.
Para aqueles que preferem uma comida mais ‘leve’, tem o cuscuz que pode ser temperado ou não, com ovo, tapioca com manteiga ou com queijo e ovos, acompanhado com um café. “Vai do gosto de cada pessoa. A gente mistura tudo do jeito que a pessoa quiser”, ressaltou.
O local também apresenta outras opções gastronômicas em outras lanchonetes que oferecem almoço.
Incêndio
Em fevereiro deste ano, o box de lanches de Cleide sofreu um incêndio na noite, causando um prejuízo em mais de R$ 5 mil à dona. Um curto-circuito em uma geladeira, que era antiga, teria provocado o sinistro. Um vigilante do local conseguiu evitar que o fogo se espalhasse para o resto do mercado, antes da chegada dos bombeiros. Dona Cleide Alves ficou um tempo trabalhando em um box emprestado. Agora continua na luta para reconstruir o espaço de comercialização dela. “Estamos ainda na luta. Nunca desisti. Passamos por momentos difíceis que nos fortalece”, afirmou.
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