Faleceu na segunda-feira, 24, Francisco Lopes Ribeiro, Chico da Monark, aos 77 anos. Sua partida deixou saudade em amigos e familiares que guardam nas memórias momentos marcantes de quando atuou no desporto como árbitro de futebol e demais atividades profissionais.
Seu apelido era uma referência a uma marca de bicicletas e por vários anos em que teve uma oficina no centro da cidade. Suas mãos calejadas e com sequelas de um acidente com arma de fogo lhe renderam a alcunha de “Chico Mão de Chumbo”.
Divorciado, seus últimos dias foi morando só no Bairro Brasília, na Travessa Sales Teixeira. Carismático e bom contador de histórias, era sempre rodeado de amigos que paravam para prender a atenção em seus causos.
Na Praça da Matriz, tinha um ponto de táxi. Local de muita resenha com seus colegas. Seu Fiat Uno por muito tempo levou e trouxe centenas de passageiros. Nos últimos dias de sua vida, trabalhou como mototaxista.
Mesmo aposentado, Chico viveu para o trabalho até adoecer, convivendo boa parte com diabetes e hérnia de disco. Apesar do laudo médico ter dado como morte por causa desconhecida na última semana, ele tentava superar problemas de saúde em decorrência de cálculo renal.
Pai de cinco filhos, teve sete netos e quatro bisnetos. Fã de novela, comédia e música, seus filhos foram batizados em homenagem a artistas como a atriz Nívea Maria, o beatle John Lennon e o comediante americano Jerry Lewis. “Meu pai foi um trabalhador, um homem de bom coração”, afirmou Nívea Lopes. “Meu pai foi um homem de qualidades e poucos defeitos”, disse John Jonas Lopes.
Arbitragem
Conhecedor e estudioso do futebol, Chico era fonte de informação das regras do esporte. “Perdemos um amigo. Ele era um profundo estudioso, quando o debate acontecia sob uma regra, todos só tiravam a teima quando ele esclarecia”, lembrou Airton Melo que com Ineudo Farias e Chico fundaram a Associação dos Árbitros de Futebol Iguatuense (AAFI) em 1995, na época Chico foi o primeiro presidente.
Para jogos tensos era sempre acionado, mesmo após aposentado das quatro linhas. No futebol amador Chico apitou diversos confrontos nas décadas de 70 e 80 quando pertencia aos quadros da Liga Iguatuense de Futebol (LIF).
Disciplinador, exercia a autoridade dentro de campo, mas o bom humor sempre o acompanhava. “Em jogos de confrontos decisivos ele era chamado por políticos que organizavam os campeonatos na época. Em um dos jogos festivos lembro que ele deu início a uma partida em que faltava a bola. Ele contava isso com humor que era único”, lembrou o comunicador Tony Alvarez.
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