‘‘A leitura é uma fonte inesgotável de prazer,
mas, por incrível que pareça, a quase totalidade não sente esta sede.’’
Algumas pessoas, por afinidades ideológicas e outras, unem-se em prol de uma determinada causa. O que, até aí, entendo como algo válido, haja vista o direito de liberdade que lhes é conferido pela constituição. Entretanto, é importante atentar para o amadurecimento no sentido de compreender e respeitar quem não concorda com tal ideologia, causa, movimento e similares.
Eu, particularmente, combato ideias, não vaidades e desejos românticos disfarçados como tais. Não atinjo pessoalidades, mas conceitos defendidos; passivos de contestação. Não, senhores e senhoras. Não abro mão do que leio para o meu particular embasamento. Nem mesmo me preocupo em fazer parte dessa massa ignóbil de pseudos – que esses grupinhos, achando que descobriram a verdade e, portanto, e como tal, são críticos mores para moldar a sociedade segundo suas ilusões torpes.
Já li o que eles leram (tenho um relativo conhecimento de causa considerável), e me permito discordar. Agora, e eles, os revolucionários militantes doutrinados? Já leram o ”outro lado – o meu”, ou seja, o que eu leio? Sabem (sem recorrer a pesquisas rasas e tacanhas no Google, claro) quem são: Edmund Burke, Russell Kirk, Roger Scruton, João Pereira Coutinho? Presumo, sem medo de errar, que esses senhores e senhoras são néscios quanto a estes e outros ícones das vertentes que não são esquerdistas/marxistas.
Na verdade, pela debilidade que encontro nos erros grotescos de português dessa turminha lacradora – acredito que quem escreve mal, lê mal e, portanto, compreende mal -, nada mais coerente do que entender que a mentalidade é verdadeiramente rasa, isso é certo e fácil de ser constatado. Em suma, não estão aptos para julgar este pobre e inconsequente machista, ciclista, massagista que vos escreve preclaro leitor.
Se me permite um conselho, eu diria: Leia muito… e de tudo (principalmente livros desafiadores e instigadores). Só assim se chega a tirar as amarras da ignorância do famigerado idiota útil… Embora muitos nunca chegarão, por mais que tentem, a contemplar a liberdade que daqui respiro.
Lembre-se, amigo leitor, que a militância canhota, como bem citou o grande e saudoso conservador Roger Scruton denunciou que ‘‘A tradição da Esquerda é julgar o sucesso humano pelo fracasso de alguns. Isso sempre lhe oferece uma vítima a ser resgatada. No século XIX eram os proletários. Nos anos 60, a juventude. Depois as mulheres e os animais. Agora o planeta.’’ Não caiamos nas suas astutas e latentes armadilhas. Muitos caíram, como vimos recentemente.
Cauby Fernandes é contista, cronista, desenhista e acadêmico de História
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