Em tempos difíceis, de aperto financeiro, desemprego e falta do dinheiro para comprar o gás de cozinha, um artesão surge com uma alternativa viável, economicamente, para que o cidadão, principalmente aquele de baixa renda não fique descoberto, na hora de preparar os alimentos. Francisco Jorge começou na atividade há três anos, por acaso, quando foi substituir o fogão de casa, movido a gás, por um fogão a carvão ele fez de improviso para economizar, porque o preço do gás subiu exacerbadamente, só não sabia que cairia no gosto do público.
Atualmente, o artesão consegue produzir em média 30 fogões por mês e vender todos, sem dificuldade. A clientela dele é de Iguatu e outros municípios da região.
Francisco Pereira Jorge, 57, conhecido como ‘Negão’, recorreu a um recurso já existente, da utilização de uma lata de 18 litros, a qual adapta cortando na parte inferior, como escape para as cinzas e o borralho, e pequenos furos na parte superior, a uns 10cm de altura da base, por onde introduz pequenos pedaços de ferro tipo (vergalhão) fazendo um traçado para receber a massa, uma mistura de areia, cimento e concreto, que após a secagem dá o acabamento para um fogão a carvão útil para cozinhar. Para incrementar, o artesão coloca quatro peças de cano soldadas embaixo, formando um ‘quadripé’, que serve como suporte para sustentar o fogão e evitar o contato direto com o solo. Também na parte de cima onde são colocadas as panelas são colocados pequenos engates de ferro em cima da única ‘boca’, que servem como ‘trempe’ para colocar as panelas na hora de cozinhar os alimentos. O fogão com esses incrementos é vendido ao preço de R$ 30,00.
Mais em conta
Francihélio Barbosa, filho de Francisco Jorge, auxilia o pai na divulgação dos trabalhos nas redes sociais. Ele criou até um perfil no Instagram onde estão postadas imagens das peças. O endereço é @Fb.barbearia_igt.
Francihélio é dono de outro empreendimento, a FB Barbearia que montou na sala de casa. Quando não está atendendo cliente, ele ajuda o pai na tarefa dos fogões, uma vez que Francisco Jorge só pode se dedicar às peças aos domingos, quando está de folga do emprego numa empresa do segmento de troca de óleo e lubrificação de peças.
Negão também de sua produção por semana. Ele garantiu que produz em média 5 fogões e consegue vender todos. Ele lembrou que para as famílias de baixa renda está mais em conta cozinhar num fogareiro a carvão do que no fogão a gás. Uma saca de carvão, que dá para cozinhar por um mês, custa em média R$ 50,00, enquanto o botijão de gás é vendido por R$ 120,00.
Serviço
Telefone: (88) 9. 9304-4941
Instagram: @Fb.barbearia_igt.
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