A cidade de Iguatu nos últimos 10 anos teve um crescimento urbano acelerado, prova disso é o número de loteamentos que passaram para a condição de bairros, os quais podemos citar Esplendor, Areias II, Terra Bela, Nova Cajazeiras, Royal Ville, Premier, Altiplano II, Primavera, Lagoa Park, Cajueiro, Varjota, Mirante Verde, Verde Park, Araras, Vila Coqueiro, Esplanada II. Analisando esse aumento significativo de bairros e a distância da sua grande maioria para o centro da cidade, a pergunta que continua sem resposta é: Qual é o motivo de não existir ainda transporte coletivo no Iguatu?
Esse assunto dessa semana vem atender um leitor da nossa coluna, que disse não entender o porquê da ausência desse serviço em nossa cidade. Ora caros leitores, só aqui citei 16 novos bairros que surgiram nos últimos dez anos, a considerar o crescimento demográfico atingido não temos como entender a ausência do referido transporte.
Tecnicamente respondendo ao nosso querido leitor, o que posso dizer é que há tempos vivemos em uma cidade, onde não existe políticas públicas definidas no que se refere ao seu desenvolvimento urbano. Para trazer essa afirmação destaco que o nosso plano diretor, instrumento que orienta a política de desenvolvimento urbano da cidade é do ano de 2009 (lei 1277/09), o que já sinaliza que Iguatu encontra-se 14 anos atrasada em relação ao que está ocorrendo atualmente na área de urbanização. Todos os loteamentos e bairros seguem disposições da referida lei, que por outro lado desde a sua criação surgiram novas leis e decretos, a exemplo das leis 12305/2010 que estabeleceu a política nacional de resíduos sólidos, 12587/2012 que instituiu a política nacional de mobilidade urbana, 13.089/2015 instituidora do Estatuto da Metrópole e a Lei 13.683/2018 que altera as leis 12587/2012 e 13.089/2015 por considerar a necessidade de adequação e trazer melhoria às mudanças sociais. Nesse contexto voltemos a lembrar que a nossa política urbana ainda se baseia em um plano diretor de 2009, representando desta forma um retrocesso e falta de qualidade técnica para compor políticas públicas, que por sua vez atenda as demandas sociais vigentes.
A instalação de um transporte público gera empregos diretos e indiretos, renda ao município, economia e comodidade aos munícipes, razão pela qual insistimos em não entender a sua ausência.
Por fim, é imprescindível que essa problemática possa voltar a ser discutida na nossa câmara de vereadores, onde aqueles nossos representantes possam sair do comodismo político e pautar a situação atual, possibilitando uma discussão séria e responsável naquela casa do povo, mostrando de fato a preocupação com as demandas atuais, em particular sobre o transporte coletivo que já é uma necessidade de muitos anos em nossa cidade.
Não perca a parte 2.
Excelente semana!
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