Os moradores da região do distrito de Baú, zona rural de Iguatu, que usam diariamente a única estrada para se deslocar, reclamam do descaso e abandono daquela artéria. De acordo com os reclamantes, a estrada está repleta de buracos, coberta de mato prejudicando quem se desloca de carro, moto ou outro tipo de transporte. Os moradores denunciam o iminente risco de acidentes por causa do estado de conservação.
O trecho tem uma distância de pouco mais de 15 quilômetros. Numa situação de normalidade com pavimento em boas condições seria possível fazer o trajeto de carro ou moto em no máximo 10 minutos, mas na situação em que se encontra, usuários afirmam que chegam a gastar 40 minutos para romper os pedaços da estrada totalmente danificados e chegar ao destino. Por causa da buraqueira e os trechos desgastados pelas chuvas, já ocorreram vários acidentes, cujas vítimas tiveram lesões graves.
Ainda de acordo com os reclamantes, no período mais intenso de chuvas, a estrada fica intrafegável. O terreno é uma espécie de barro que ao receber água amolece e fica deslizando. “O terreno fica liso, os carros e motos perdem a estabilidade. Já foram inúmeros os acidentes que aconteceram. Fora do período de chuvas, o que incomoda é a buraqueira e a poeira”, lamentou um morador da comunidade.
O jornal apurou que a referida estrada interliga o distrito de Baú com várias comunidades da região: Baixio dos Ferreira, Umburana, Água Branca, Grossos, Muriçoca, Alto da Areia, sítio Mina, e com a cidade de Iguatu. Através dela, muitos produtores da região escoam produtos da safra agrícola para a cidade. Em outra ocasião os moradores se manifestaram numa mobilização pedindo ao poder público a recuperação.
Licitação
A reportagem apurou também que a estrada Iguatu/Baú é uma rodovia estadual, a CE-282, e as obras de construção de pavimento asfáltico, incluindo toda a parte de construção de bueiros para drenagem e escoamento da água, são de responsabilidade do Governo do Estado. A reportagem entrou em contato com o escritório do DER – Departamento de Edificação de Rodovias, 9ª Residência, Iguatu, para saber se há previsão do início das obras, uma vez que já foi feita a licitação e duas empresas integradas num consórcio, a Teixeira Construções e a Constran, foram as vencedoras da licitação. A decisão de início dos trabalhos e assinatura da ordem de serviço estão à cargo da SOP – Superintendência de Obras Públicas.
O jornal tentou falar com o superintendente do órgão, Quintino Vieira, mas não houve retorno das tentativas de contato.
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