No último dia 5, o delegado municipal de Iguatu, Wesley Alves Araújo, encaminhou documento a órgãos públicos do município, solicitando medidas urgentes de verificação e atendimento aos moradores em situação de vulnerabilidade social. O documento, que faz uma série de observações referentes a este público, foi encaminhado às secretarias de Saúde e Assistência Social, Câmara Municipal, Ministério Público, Secretaria de Trânsito e Segurança, Polícia Militar e outros órgãos competentes.
Um fato de natureza violento ocorrido no último dia 2, no centro da cidade, motivou a Polícia Civil a se manifestar sobre o caso. Uma mulher de 31 anos foi agredida com uma pedrada na cabeça, por se recusar a dar dinheiro a um suposto morador de rua. Segundo a polícia, o autor da agressão teria abordado a vítima num estacionamento na rua. A vítima relatou que o acusado pediu dinheiro, mas como não foi atendido, arremessou uma pedra de calçamento em sua direção, provocando um corte em sua cabeça.
Segundo a polícia, o crime aconteceu na Rua Dr. José Holanda Montenegro, próximo ao CRI-Club Recreativo Iguatuense e foi registrado na Delegacia de Polícia Civil, que já identificou o agressor. Conforme o delegado, o fato está sendo investigado e, se for comprovado o crime, o acusado será indiciado e responderá por ‘lesão corporal’ de natureza grave.
No documento o delegado também chama a atenção para o aumento do número de pessoas vivendo em situação de rua em Iguatu nos últimos anos, espalhados por toda a cidade. Segundo Wesley Alves, tem sido constante o manifesto de cidadãos reclamando da presença de ‘pedintes’ nos semáforos, próximo a estabelecimentos comerciais, igrejas e outros locais com fluxo de pessoas.
O delegado afirma nos documentos que os ocupantes são, em sua grande maioria, pessoas que vivem em situação de rua, geralmente dependentes químicos de álcool e outras drogas, que perambulam pela cidade, tentando conseguir dinheiro para alimentar o vício.
Dignidade
Wesley Alves ressaltou que não se trata de um problema de segurança, mas também de saúde pública e assistência social, sendo urgente e necessária a ação do poder público, realizando trabalho de identificação dessas pessoas, possíveis endereços, famílias, intervindo com assistência à saúde, jurídica, social, de modo que essas pessoas tenham de volta um pouco de dignidade.
Enquanto aguarda a manifestação dos órgãos públicos, o delegado Wesley Alves lembra que o problema das pessoas em situação de vulnerabilidade social, vivendo na rua afeta toda a sociedade, e é papel de todos intervirem, cooperar e buscar alternativas que possam minimizar o quadro.
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