“Cores, formas e encantos: o equilíbrio que nem todos conseguem ver” é o tema e a proposta da exposição do fotógrafo Alan Marcel. O evento que teve sua abertura na quinta-feira, 6, e segue até o dia 31 de julho, é realizado pelo Centro Cultural Banco do Nordeste Cariri, com parceria do Sesc Iguatu.
São quase 30 fotografias que evidenciam a beleza de seres vivos que passam despercebidos pela população de modo em geral. A riqueza de detalhes captadas através das lentes de Alan possui registros inéditos de aves e invertebrados. “Temos o primeiro registro com foto de uma espécie de libélula. Já tinha o conhecimento da existência, e agora demos essa contribuição para a ciência. Na exposição temos fotos do tapicuru, e fomos o primeiro a registrar ela no Ceará. Mas quem vir aqui pode conferir imagens de anfíbios, répteis, corujas e uma gama de animais”, disse.
A mostra está dividida em dois espaços do hall do terceiro piso da biblioteca e do subsolo próximo à recepção da academia. Alan tem o registro de 196 espécies de aves migratórias para Iguatu. Além das aves, já quase 1 mil registros de borboletas, mariposas, insetos e répteis no município, alguns deles considerados raros. “Cada registro tem uma história. Já atolei na lama, já me perdi. Fui picado por formigas e tomei choque em cerca elétrica. Sem falar das adversidades naturais de frio e calor em muitas das vezes”, contou Alan.
Ornitologia
Essa é a quinta exposição fotográfica do também ambientalista. Alan é servidor público estadual da Secretaria de Ciência e Tecnologia, e há seis anos se aprofunda em ornitologia – ramo da zoologia que se dedica ao estudo das aves – e busca constante especialização pela fotografia. “Vamos também tentar levar essa exposição para o Cariri, e para outras regiões. Estou criando mais uma nova possibilidade de exposição voltada para registros de animais abandonados”, adiantou.
Alan observa aves desde 2018. Além do registro, faz levantamento de pesquisa sobre as aves e a história natural de Iguatu. “Iguatu sofre uma deficiência no quesito preservação ambiental. Temos várias lagoas, mas vejo que o poder público não impõe políticas de proteção, o que acaba afugentando espécies da nossa cidade, mas o potencial desses ambientes é encantador”, disse.
0 comentários