Na última terça-feira, 11, o piloto aéreo Álvaro Marcus Rodrigues de Lima, 40, passou por uma situação de medo e adrenalina, quando precisou fazer um pouso forçado no meio de uma rodovia, na aeronave que pertence à escola Sky Dive de paraquedismo de Iguatu.
Ele narrou os momentos de aflição quando estava acerca de 9 mil pés de altura e percebeu uma pane no motor do avião monomotor, modelo Cesna, de prefixo PT-IGB, evoluindo para pouso de emergência. Segundo o piloto, a aeronave começou a perder pressão no motor, em seguida o equipamento parou der funcionar. “Quando percebi Já estava administrando a pane e graças a Deus conseguimos pousar em segurança”, contou.
A aterrissagem de emergência ocorreu na CE-138, a 15 quilômetros do município de Alto Santo, indo em direção à BR-116. O piloto disse que usou todas as instruções adquiridas em treinamento e nos cursos dos quais participou, antes de receber permissão para voar. Álvaro que já acumula 1.500 horas de voo conseguiu descer com a aeronave na estrada e parar, numa manobra difícil de fazer, uma vez que o pavimento de uma estrada, mesmo asfaltada é diferente da pista de pouso do aeroporto. “A escolha do local para um pouso forçado é uma decisão muito difícil de tomar, porque o piloto não sabe o que tem lá em baixo”, lembrou.
Atitude e treinamento
Álvaro explicou que estava voando do município de Souza-PB, para Fortaleza, quando tudo aconteceu. De acordo com ele, uma hora após a aeronave decolar o motor começou a falhar. Segundo ele, o avião decolou ao aeroporto de Souza por volta das 09h15 e perto das 10h30 o motor começou a dar sinais de parar. Ele teve pouco tempo para tentar funcionar o motor da aeronave, escolher o local para o pouso de emergência e fazer as manobras corretas para colocar a aeronave no chão. Indagado se ficou com medo e pensou no pior, quando estava nas alturas à deriva, respondeu que “Não tive medo, estava atento aos procedimentos e nem lembrei, pois com atitude e treinamento não lembramos do pior”, frisou.
Álvaro viajava transportando como passageiro Robson da Costa Almeida (paraquedista), técnico de Enfermagem, lotado na UTI do Hospital Regional de Sobral. Ele disse que pediu ao passageiro para ligar para o empresário Carlos Fernandes, proprietário da aeronave, para informar o que estava acontecendo e a reação do empresário foi de sobressalto e preocupação, sobre o que iria acontecer nos próximos minutos.
O piloto informou que depois que a aeronave tocou o solo conseguiu mantê-la na pista até o local de parada, a poucos metros das margens da rodovia e a única avaria do avião foi a ponta de uma das asas que colidiu com uma placa de sinalização, o restante ficou tudo intacto.
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