Na quinta-feira, 08, Iguatu viveu um dia atípico com o registro de ocorrências de incêndios. Foi literalmente um ‘inferno’, um dia ardente em que dezenas de hectares de vegetação foram dizimadas pelo fogo. As ocorrências foram registradas pelo Corpo de Bombeiros, com a população pedindo para atender em locais diferentes na área central e arredores da cidade. Segundo o Corpo de Bombeiros, os pedidos de socorro dos moradores chegavam quase que simultaneamente. A maioria dos incêndios ocorreu no período da tarde.
Segundo o tenente-coronel Nijair Araújo, comandante da 1ª Cia. do 4º Batalhão de Combate a Incêndios no Centro-Sul, as ocorrências estão vindo bem mais cedo do que o costumeiro para o período, o que faz as equipes se desdobrarem para atender. De acordo com o comandante, normalmente essas ocorrências em maior volume são registradas nos quatro últimos meses do ano, de setembro a dezembro. Um fator climático que coopera diretamente para o aumento dos focos de incêndio está relacionado com a vegetação seca, as colunas de vento, praticamente o dia todo, e as temperaturas elevadas. O comandante lembra que além dos fatores naturais ainda existem os crimes praticados pelos anônimos que arremessam restos de fagulhas em locais impróprios, o que ajudar a provocar um foco de incêndio se propagando rapidamente e evoluindo para outros focos.
Acidentes e mortes
Segundo informações do Corpo de Bombeiros, três dos maiores focos de incêndios foram registrados no aeroporto, Lagoa do Cocobó e bairro Fomento. Em todas as chamadas, os bombeiros gastaram mais de duas horas para controlar as chamas. Além desses três locais houve uma chamada para controlar um fogo no bairro Varjota. O incêndio registrado na Lagoa do Cocobó proporcionou momentos críticos à população. O fogo varreu as vegetações seca e verde da área da lagoa. A coluna de fumaça que subia do local podia ser vista a distância. Houve risco de acidentes de trânsito, porque por alguns minutos a fumaça impediu praticamente a visibilidade na Av. Cruzeiro do Sul, que margeia a lagoa, deixando o trânsito mais lento.
As ocorrências de incêndios, independente da época do ano, provocam danos graves ao meio ambiente, seja pela fumaça que expele gases tóxicos para a atmosfera, principalmente o C02 (dióxido de carbono). Em via terrestre as queimadas geram danos irreversíveis ao solo, por queimar o húmus (camada protetora natural que fica na superfície), onde estão concentrados milhares de micro-organismos, dizimando também aos milhares os insetos, aves e pequenos animais que dependem dessas áreas para se alimentar e morrem atingidos pelas chamas ou intoxicados pela fumaça.
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