Robson Souza, atleta da modalidade de Jiu-Jítsu, que se descobriu por acaso na arte marcial secular por intermédio da indicação de um amigo, conseguiu vencer mais uma competição. Foi o campeonato mundial da modalidade que aconteceu neste mês de setembro, em Fortaleza, no ginásio Paulo Sarasate, realizado pela CBPL-Confederação Brasileira de Lutas Profissionais. Robson venceu na luta final um adversário difícil.
Antes, ainda no ano passado (2022), Robson Souza foi vice-campeão brasileiro, competição realizada em São Paulo, pela Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu. Na concepção do atleta Robson, foi uma das competições mais desafiadoras, principalmente pelo nível dos atletas. Em 2019, ainda quando estava se descobrindo no esporte e experimentava as primeiras habilidades para competir profissionalmente, foi vice-campeão no Open de Jiu-Jitsu, também realizado em Fortaleza, promovido pela CBJJ. Ainda em 2019, o atleta venceu o Circuito Kariri 2 de Jiu-Jitsu. Neste circuito Robson Souza foi bi, pois ele já havia vencido também a primeira etapa. Sem temer os adversários e usando as técnicas corretas, Robson Souza competiu com maestria, e para orgulho seu, da família e dos amigos que nunca deixaram de incentivá-lo, lá estava ele por duas vezes seguidas no lugar mais alto do pódio. Em 2021, após ser graduado na faixa azul, Robson Souza foi campeão da Copa Vitrous de Judô, sediada na cidade de Icó, reunindo competidores do Ceará e de outros estados.
Desafios fora das competições
O atleta de Jiu-Jitsu está conseguindo provar para ele mesmo e para quem mais interessar que a batalha dos atletas brasileiros não acontece somente no ringue, na quadra, no campo, na piscina, no tatame ou em outro local de competição. A batalha se dá também fora desses locais.
Se para ele, atleta que já venceu várias competições de Jiu-Jitsu, inclusive um campeonato de destaque em São Paulo, a falta de reconhecimento e apoio são tão gritantes, imagine, caro leitor, imagine outros aspirantes a atletas, desta, ou de outra modalidade que ainda nem se descobriram.
Para Robson Souza tem sido assim. Sempre que precisa viajar para competir, indo representar sua cidade e seu estado, tem que gastar do próprio bolso, ou recorrer aos familiares e amigos para conseguir custear suas despesas com passagens, hospedagens e outros gastos inerentes à estada, deslocamento e alimentação. Por incrível que pareça, apesar de o poder público ter verba disponível para custear essas despesas, como incentivo e apoio, mas é o próprio atleta, através da venda de rifas, promoções e doações de voluntários, quem consegue, com muito esforço e dedicação, juntar os recursos, viajar e fazer bonito nas competições.
Recentemente Robson viajou para participar de uma competição de Jiu-Jitsu e teve que pagar sozinho todos os custos. Quando foi vice-campeão brasileiro vencendo um adversário difícil na final, em São Paulo, no seu retorno para a cidade de Jucás, onde reside atualmente, a Câmara Municipal realizou sessão solene para homenageá-lo. Mas recentemente quando precisou de verba para viajar para Fortaleza para competir novamente, ninguém se manifestou para ajudar, nem para apoiar financeiramente. Desta vez também não teve mais menção de honra para o atleta campeão, nem homenagem no legislativo mirim jucaense.
Início
“Conheci o Jiu-Jitsu através de um amigo, Jardel Amorim, meu professor, que em 2018 me convidou para ir conhecer essa arte marcial. Comecei em outubro de 2018. Foi mais para tentar desestressar da correria do dia a dia, porém já em dezembro daquele ano, Jardel me convidou para participar de um campeonato em Iguatu, onde consegui ficar em terceiro lugar. A partir daí percebi que tinha capacidade para ir mais além, e a cada treino me identificava mais ainda com o estilo da arte marcial e as lutas.
Em 2019, na faixa Branca consegui ganhar duas medalhas de ouro e uma de prata. Em dezembro de 2019 fui graduado na faixa Azul, quando também ganhei uma medalha de ouro e outra de prata. Foi o maior feito, pois me consagrei vice-campeão brasileiro, num dos maiores campeonatos do país, em São Paulo. Em julho de 2022, fui graduado faixa Roxa, foi quando conquistei duas medalhas de prata no Campeonato Mundial de Jiu-Jitsu, realizado em Fortaleza, pela CBLP-Confederação Brasileira, e graças a Deus está dando tudo certo, a cada dia me apaixono mais pelo Jiu-Jitsu, e também muito grato ao Jardel Amorim, por ter me treinado para competir nesta arte marcial maravilhosa”.
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