Seminário debate situação das barragens de Iguatu e Região

17/08/2019

Em atendimento à Lei Nacional de Segurança de Barragens, a Secretaria dos Recursos Hídricos (SRH) e a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (COGERH) realizaram nesta sexta-feira, 16, na Câmara Municipal de Iguatu (CMI), seminário que abordou a temática da Segurança de Barragens. Empreendedores e proprietários de barragens privadas, além de técnicos e gestores da prefeitura estiveram presentes.

O seminário visaa divulgar e reforçar a Política Nacional de Segurança de Barragens, vigente na lei nº 12.334/2010, bem como a portaria nº 2747/CE/2017, que estabelece o Cadastro Estadual de Segurança de Barragens. Em paralelo ao seminário, a gerência regional da COGERH de Iguatu entregou notificações aos empreendedores dos reservatórios com espelho d’água com área maior ou igual a 10ha.

Segundo a engenheira civil da SRH, Fernanda Furtado, o principal objetivo desses seminários é mostrar a importância das políticas de segurança de barragem, e principalmente, a necessidade de ampliar o cadastro de barragens do Estado do Ceará. “As reuniões que são realizadas têm sempre um retorno positivo, mas ainda não é suficiente, visto a numerosa quantidade de barragens que tem no Estado do Ceará. Por isso vamos realizar o seminário de Segurança de Barragens, para incentivar o proprietário e a prefeitura”.

Conforme estudo da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), o estado possuía em 2013 mais de 28 mil espelhos d’água.O mais recente estudo em 2016 só contabiliza um pouco mais de 9mil.  “A estiagem foi o fator preponderante para a diminuição, mas longe de afastar o trabalho que temos por fazer”, acrescentou Fernanda.

O Seminário de Segurança de Barragens já aconteceu nos municípios de Crateús, Madalena e Independência, além de explanação do assunto na reunião dos 12 Comitês de Bacia do Estado. A ideia é realizar novos seminários em áreas estratégicas.

Trussu preocupa

A parede do segundo maior reservatório da bacia do alto do Jaguaribe o açude Carlos Roberto Costa apresenta buracos, infiltrações e muita vegetação nativa, situação que preocupa quem passa pelo local diariamente. “Eu particularmente tenho muito medo de passar por ela. Evito. Assusta muito que algo de pior possa acontecer se nada for feito quando o inverno chegar”, disse Neide Batista, moradora da região e presidente da Colônia de Pescadores de Iguatu.

A situação da parede do açude local foi discutida.O DNOCS adiantou que o reparo está em fase de licitação e considera o processo burocrático com duração média de 90 dias para contratação de empresa. À reportagem foi adianto que uma empresa já realiza há duas semanas o processo de limpeza.  Mesmo com a preocupação das pessoas em relação à situação com a falta de manutenção no Trussu,engenheiros do DNOCS asseguraram que a parede do reservatório não corre risco de rompimento.

Mais adiantada comparado ao reservatório de Iguatu, a recuperação e modernização da barragem Lima Campos foi iniciada no mês de junho. De acordo com o que foi anunciado, a obra está orçada em R$ 7.467.066,81.

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