Rogério Gomes
Correspondente em Fortaleza
O prognóstico das chuvas da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos – Funceme para o próximo ano será divulgado neste mês de dezembro. O motivo é a perspectiva de precipitações abaixo da média histórica diante do efeito do El Niño em 2024, que é o aquecimento do Oceano Pacífico.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) também aponta que, para o Nordeste, a previsão é de um volume de chuvas menor para o período de janeiro a julho de 2024, o que pode levar a uma recarga hídrica insuficiente.
O adiantamento da previsão da quadra chuvosa foi solicitado pelo governador Elmano de Freitas, que visa a aceleração de medidas do Governo do Ceará para reduzir danos gerados pela provável escassez hídrica, caso as chuvas fiquem abaixo da média.
Antes de viajar para a COP28 – Conferência Mundial do Clima – em Dubai, o governador Elmano de Freitas convocou diversas secretarias para uma reunião e solicitou a produção de um plano detalhado de ações a ser implementado em resposta ao cenário adverso. O levantamento deve ser concluído até o dia 13 de dezembro, para que gestão estadual peça ajuda ao Governo Federal na efetivação de algumas iniciativas.
No Ceará, a estação chuvosa propriamente dita vai de fevereiro a maio. Todos os anos, a Funceme divulga dois prognósticos climáticos: um tradicionalmente em janeiro, que é relativo aos meses de fevereiro a abril; e outro em fevereiro, sobre as probabilidades de março a maio.
De acordo com o Monitor de Secas de outubro, o Ceará voltou a ter 100% das regiões com áreas de seca relativa após 27 meses. O Monitor das Secas é um acompanhamento regular e periódico do cenário de seca, da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico. Em 2021, o Estado vivenciou um baixo regime de chuvas que comprometeu o abastecimento dos açudes. O cenário só veio a melhorar com a pré-estação chuvosa de 2022.
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