‘‘Existe uma deformação lastimável na consciência política coletiva do nosso povo: o povo adora ser enganado. Povo alienado, politicalha feliz.’’- Renée Venâncio
E aqui estamos nós. 2024 chegou. É ano de eleições municipais em todo o território nacional, que estão previstas para ocorrerem no dia 6 de outubro. É o momento, amigo leitor e eleitor, de fazermos valer a nossa consciência política. Trata-se da responsabilidade em escolhermos bem os gestores municipais que ficarão à frente da nossa cidade pelos próximos quatro anos.
Mas há algo que me preocupa. E esse ‘‘algo’’ é precisamente a falta de interesse das pessoas pela política. Mas também confesso que os ‘‘politizados’’ também compõem um quadro de igual preocupação, posto que podem ser assemelhados a simples torcedores de times (no caso, aqui, de um partido ou figura partidária da vez).
Grosso modo, a palavra ‘‘política’’ (do grego: πολιτικός / politikos, significa ” algo relacionado com grupos sociais que integram a Pólis “) é algo que tem a ver com a organização, direção e administração de nações ou Estados. Isso significa que, na Grécia antiga, a política era vista como uma espécie de ‘‘arte do bem comum’’, onde a temática era debatida nas ágoras juntamente com a filosofia.
Lamentavelmente, nos tempos atuais, o povão, de um modo geral, perdeu o interesse por essa imprescindível ‘‘arte’’. Mas, nem tudo está perdido. Cabe a você, jovem eleitor, retomar esse interesse para a geração atual e futura. E, para formar a sua consciência política, lhe darei uma dica: livros! Só o conhecimento transforma e humaniza o homem!
É preciso conhecer sobre democracia (nesse caso, recorra dos gregos à democracia atual). Após isso, você pode ler sobre os contratualistas. Só depois leia sobre os conceitos clássicos de direita e esquerda (como se originou, como é vista atualmente etc). Evidentemente, isso é o mínimo do mínimo do básico elementar para se ler sobre. Mas já é um começo. O resto deixo com o amigo e o seu interesse pelo tema. Busque mais!
Não se deixe enganar: somente com uma verdadeira consciência individual e longe de influencias doutrinárias é que o ser é realmente livre da ignorância da massa e dos lideres maquiavélicos que usam o povo como massa de manobra.
Cauby Fernandes é contista, cronista, desenhista e acadêmico de História
0 comentários