Em um ato de protesto contra os impactos negativos causados pela construção da Ferrovia Transnordestina, Laurindo Júnior, agricultor residente no sítio Caiçara, zona rural de Iguatu, prendeu-se à estrutura ferroviária neste domingo, 14. A foto do agricultor acorrentado viralizou nas redes sociais, chamando a atenção para as consequências da obra nas propriedades locais.
Júnior, junto a outros agricultores das regiões do Sítio Santa Clara, relata prejuízos significativos decorrentes da construção da ferrovia, que corta algumas propriedades, resultando no alagamento de áreas de plantio e dificuldades dos animais transitarem sobre os trilhos. Eles pedem novas vias de acesso por meio de passagens de nível. A obra, que inicialmente era vista como um impulso para o desenvolvimento regional, agora é alvo de críticas e protestos por parte dos moradores locais.
O agricultor alega que a construção comprometeu o escoamento natural da água, ocasionando inundações em suas terras e dificultando a preparação do solo para o plantio.
Laurindo Júnior afirmou que tentou, sem sucesso, estabelecer diálogo com os representantes da Transnordestina em Iguatu. Diante da falta de resposta e compreensão de suas demandas, o agricultor decidiu manifestar seu repúdio de maneira drástica, prendendo-se à própria ferrovia que tem sido motivo de seu descontentamento.
Em um vídeo gravado por Júnior, é possível visualizar a realidade enfrentada pelos agricultores após o início das chuvas.
A reportagem tentou entrar em contato com a Transnordestina para obter um posicionamento sobre o caso, mas até o momento, não obteve resposta.
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