UECE/FECLI promove I Simpósio de Biologia

07/04/2019

Surgir ideias de conservação importantes e que tenham resultados significativos ao ponto de inspirar o público de Iguatu e região para mostrar que é possível, com ações estruturadas, salvar espécies.  É essa a proposta do CA – Centro Acadêmico do Curso de Biologia da Universidade Estadual do Ceará (UECE) – Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu, na realização do ‘I Simpósio de Biologia’, agendado para segunda-feira, 08.

‘Aves e conservação’ será o tema central do evento no campus Humberto Teixeira. A programação gratuita prevê palestra de ‘Conservação e aves do Ceará’, ‘Minicurso de ornitologia geral’ e ‘Mesa redonda’ com os palestrantes Weber Girão e Andrei Arrais, que apresentarão ainda o Projeto Soldadinho-do-Araripe como espécie bandeira na conservação da Chapada do Araripe.

O CA espera atrair a comunidade acadêmica de outras instituições, assim como a população de modo geral. “Esperamos que o simpósio ultrapasse os muros da instituição. Quando se tem a ideia de conservação, primeiro precisamos conhecer. E o tema traz essa ideia. Queremos construir um espaço de diálogo e o debate”, disse Mikael Castro, membro do Centro Acadêmico de Biologia, um dos coordenadores do evento e observador de aves.

Dentro da programação, o professor e pesquisador Marcone Sampaio foi convidado para expor seu ‘Projeto Asa Branca’ de preservação da espécie, que está sendo desenvolvido por ele, no campus Cajazeiras, do Instituto Federal de Educação, em Iguatu, onde é professor.

Observador

“Aves aquáticas e migratórias nas lagoas de Iguatu, uma parada para observação” será o tema que Alan Marcel abordará no simpósio. Iguatuense, servidor da Secretaria de Ciências e Tecnologia (SECITEC) no campus Humberto Teixeira, tem como hobby registrar aves silvestres.

Alan é dos principais nomes da observação de aves. Com 186 registros de aves para Iguatu, ele colocou a cidade como a 13ª em variedade de espécies no estado do Ceará em ranking do portal ‘wikiaves’, site de conteúdo interativo, direcionado à comunidade brasileira de observadores de aves, com o objetivo de apoiar, divulgar e promover a atividade de observação e a ciência cidadã.

Os registros fizeram Iguatu superar cidades como Crato, Pacatuba, Meruoca, Maranguape e outras que têm resquícios de Mata Atlântica, serras e ambientes que aparentemente são muito mais favoráveis que o município do Centro-Sul. “O diferencial de Iguatu é o complexo de lagoas e o trabalho do Alan, que colocou Iguatu na rota da observação de aves. Estamos começando a perceber a diversidade de aves, graças ao trabalho dele”, afirmou Dauyzio Silva, acadêmico de Biologia.

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