Sítio Canto: Julgamento e sentença dos acusados no ‘Caso Djheyaderson’ são anulados

07/03/2024

Nesta quinta-feira, 7, foi divulgada a anulação do julgamento e a sentença de 2021 contra os dois réus pelo Tribunal do Júri acusados de assassinar Djheyaderson de Oliveira Xavier.

A defesa alegou a nulidade do julgamento de Gleudson Dantas Barros e Roberto Alves da Silva devido ao fato de o juiz presidente ter permitido apenas três recusas imotivadas de jurados, mesmo havendo dois réus. Essa situação foi considerada uma violação ao princípio da ampla defesa.

A nulidade foi reconhecida, resultando na determinação de um novo júri popular para os réus. Ambos os acusados ainda seguem presos.

Além disso, houve debates sobre o direito de recusa imotivada dos jurados, que foi infringido durante o julgamento. O recurso apelatório de um dos réus foi aceito, levando à anulação do processo e afetando o corréu.

DJheyaderson foi morto com um tiro na cabeça em 23 de maio de 2018. Após cinco dias de desaparecimento, seu corpo foi encontrado enterrado em uma cova no quintal da residência de um dos acusados, após uma intensa investigação.

A data do novo julgamento ainda será anunciada.

Relembre
Na época, os dois acusados de envolvimento em uma série de quatro homicídios no Sítio Canto, Distrito de Suassurana em Iguatu, passaram pelo primeiro julgamento do conselho de júri em dezembro de 2021.

Na ocasião, Gleudson Dantas, acusado de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de menores, recebeu a maior pena de 21 anos e 07 meses de prisão. O proprietário da casa onde ocorreu a morte, Roberto Alves, também enfrentou acusações, incluindo o crime de posse ilegal de arma de fogo, e foi condenado a 17 anos e 03 meses de reclusão. Sua pena foi atenuada devido à colaboração durante a fase de investigação, somando ainda mais 1 ano de detenção.

Saiba mais
Os dois foram julgados em setembro de 2023 pelo assassinato de Mikael de Souza Melo, morto em 12 de outubro de 2017. Gleudson foi sentenciado a 19 anos, 4 meses e 15 dias em regime fechado; e Roberto, a 18 anos, 5 meses e 15 dias de prisão, também em regime fechado.

Ainda faltam ser realizados os julgamentos das mortes de Ane Jaqueline da Silva, ocorrida no dia 30 de junho de 2017, após desaparecer da cidade de Deputado Irapuan Pinheiro, e de Francisco de Assis de Lima, ‘Vilmar’, morto em 1º de dezembro de 2017. Os restos mortais foram encontrados também na casa daquela localidade.

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