A facilidade e o talento são visíveis. Basta pegar folha e lápis, para logo sair mais uma aeronave. Esse é o talento do estudante Arthur Gaell Chaves, 14, autista com nível de suporte dois.
Desde mais cedo, o adolescente gosta de desenhar aviões e é admirador desse meio de transporte aéreo. Além de desenhar e colorir, Gaell também gosta de criar cenários para suas aeronaves. Ele utiliza muitas páginas para fazer o roteiro desde a decolagem ao pouso. “Eu gosto de desenhar aviões, helicópteros. Gosto de fazer eles decolando, pousando, voando. Sai de um aeroporto, vai pousar em outro canto, outro aeroporto. Já fiz aviões grandes, de pequeno porte e helicópteros. Gosto mais do A380, que é o avião da Emirates. Gosto também de aviões gigantes, 747, Antonov, C5 super galaxy e o Douglas MD11″, contou, detalhando mais sobre as aeronaves.
Gaell somente após os três anos de idade foi diagnosticado com Transtorno do Espectro do Autismo – TEA. “Aos 6 meses já tinha estereotipia, mas eu não sabia. Com 3 anos e meio eu o levei a uma médica, relatei o que eu via, que ele não respondia aos estímulos que a gente fazia, além do atraso da fala que foi muito grande. Quando ele foi diagnosticado com autismo, foi quando tive o primeiro contato. Até então não conhecia. A partir daí fui mergulhar nesse mundo do autismo e foi uma descoberta muito grande. O que a gente mais procura hoje é a conscientização, o conhecimento porque quando a gente não conhece, não entende. Foi dificil, no início, mas a partir do momento que passei a conhecer o que era, fui atrás do prejuízo”, contou Pauleana Chaves, dona de casa, mãe do Gaell.
“Gaell demorou a falar. Com o apoio da fono, ele passou a falar, aos 5 anos de idade, e vários profissionais. Ele não queria brincar com outras crianças, não se reconhecia. Essa parte foi muito dificil, hoje ainda busco muito entender, porque eles surpreendem muito a gente. Um mundo novo que se abriu pra gente. Ele foi a prioridade. A gente trabalhou em todos os sentidos para o desenvolvimento dele”, afirma Pauleana.
Com todo o acompanhamento, o desenvolvimento chegou e ainda continua essa evolução. “Depois começou a falar com as pessoas, aprendeu a ler, escrever. As coisas que ele aprende sozinho, se eu fosse estudar, me dedicar talvez não soubesse, digo com relação às coisas de que ele gosta de fazer. A facilidade de aprendizado dele. O hiperfoco dele é a aviação. Tudo que envolve avião, não só a parte do transporte, mas tudo que ele sabe. Ele fala que vai ser piloto. Eu acredito, porque ele entende os comandos. Tudo isso ele aprendeu sozinho. Fora os desenhos que ele faz, que são bem feitos demais”, ressaltou Pauleana, ressaltando também que com.os trabalhos, Gaell já participou de uma exposição”.
Gaell é estudante do 9° ano da Escola Pacífico Guedes, além de ser assistido pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE.
Para conhecer mais sobre as artes de Arthur Gaell, basta acessar o perfil no Instagram: @Gaell23aut.
0 comentários